sábado, 28 de agosto de 2010

A caminho do Triunfo

1. Introdução

O saudoso Papa João Paulo II, tão presente na vida de todos nós, é o “Papa de Maria”. Ele se consagrou inteiramente a ela, Ela sob o lema “Totus Tuus” (“Todo Teu”).

E no Grande Jubileu do ano 2000, o saudoso Papa João Paulo II consagrou o Terceiro Milênio a Santíssima Virgem. Nessa ocasião, ele fez publicamente esta oração:

“Hoje como nunca no passado, a humanidade está em uma encruzilhada. E, uma vez mais, a salvação está só e inteiramente ó Virgem Santa, em teu Filho Jesus.”

Vivemos, de fato, em um período de caos social, nas ruínas de uma sociedade destruída pela revoluções liberais e totalitárias dos últimos séculos.

Mas, voltando nossos olhos para o mundo espiritual, temos a consoladora expectativa do cumprimento da promessa da Santíssima Virgem em suas aparições de Fátima (1917), quando disse: “Por fim o Meu Coração Imaculado Triunfará!”

E alguns fatos, à partir das experiências dos santos canonizados, Papas e místicos católicos, nos concedem mais luz para compreender este momento.



2. O século

Há uma conhecida visão que o Papa Leão XIII teve no dia 13 de Outubro de 1884. O padre Domingo Pechenino, em "Ephemerides Liturgicae", n° 69 (1955), pp. 58-59, relata.

Viu ele Satanás travando um diálogo com Deus. Satanás dizia: “Eu posso destruir a Igreja e arrastar a humanidade toda para o inferno. Mas para isto preciso de mais tempo e mais poder.” Uma voz doce responde: “Quanto tempo e quanto poder?” Retruca o Demônio: “De 75 a 100 anos, e mais poder sobre os que se põem ao meu serviço.”

Deus responde: “Pois tens esse tempo.”

Algo que naturalmente nos recorda da provação de Jó, no Antigo Testamento, onde Deus permite que ele seja provado por Satanás, em prol de um bem maior (Jó 1, 6-12).

Foi imediatamente após esta visãa que o Papa Leão XIII escreveu aquela conhecida oração a São Miguel Arcanjo, para ser rezada no final de todas as Missas. A oração é a seguinte:

"São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, defendei-nos com vosso escudo contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, insistentemente pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo, para perder as almas. Amém".

Talvez o Papa tenha feito isso lembrando do que escreveu, já no Antigo Testamento, o Profeta Daniel: “Naquele tempo, surgirá Miguel, o protetor dos filhos do seu povo.” (Daniel 12,1)



3. As colunas

Na mesma época, um santo canonizado pela Igreja, São João Bosco, teve um sonho onde a Santa Igreja era atacada. Dom Bosco via a Barca da Igreja, em meio ao mar, sendo conduzida pelo Papa, em uma grande batalha com as barcas inimigas.

Em meio ao mar, havia duas colunas, que assim ele descreve:

"No meio da imensa extensão do mar elevavam-se acima das ondas duas robustas colunas, altíssimas, pouco distantes uma da outra. Sobre uma delas havia a estátua da Virgem Imaculada, em cujos pés pendia um longo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum (Auxílio dos Cristãos). Sobre a outra, que era muito mais alta e mais grossa, havia uma Hóstia de grandeza proporcional à coluna, e debaixo um outro cartaz com as palavras: Salus Credentium (Salvação dos que crêem)."

Dom Bosco continua descrevendo a visão:

“O Papa cai gravemente ferido. Imediatamente, os que estão com ele o ajudam e o levantam. Uma segunda vez, o Papa é atingido; ele cai de novo e morre. Um grito de júbilo e vitória irrompe dentre os inimigos; de seus navios eleva-se uma indizível zombaria. Mas assim que o Pontífice cai, um outro assume o seu lugar. Os pilotos, tendo-se reunido, elegeram outro tão prontamente que, com a notícia da morte do anterior já se apresentam as boas novas da eleição do sucessor. Os adversários começam a perder a coragem.
O novo Papa, pondo o inimigo em fuga e superando todos os obstáculos, guia o navio diretamente às duas colunas e consegue descansar entre elas. Ele ancora o seu navio à coluna encimada pela Hóstia, prendendo uma corrente leve que sai da proa a uma âncora presa à coluna; uma outra corrente leve presa à popa é atracada a uma âncora que pende da coluna sobre a qual está a Virgem Maria.
Neste ponto, inicia-se uma grande convulsão. Todos os navios que estiveram até então em luta contra o navio do Papa são dispersados; eles se afastam em confusão, colidem e quebram-se em pedaços, uns contra os outros. Alguns afundam e tentam afundar os outros. Muitas das pequenas embarcações que lutaram galantemente pelo Papa correm a prender-se às colunas. Outras, que se haviam mantido à distância, por medo da batalha, observam cautelosamente de longe; assim que os escombros dos navios afundados são dispersados pelos redemoinhos do mar, elas se aventuram a rumar para as duas colunas, e alcançando-as, fazem-se prender aos ganchos que delas pendem, para se porem a salvo, à sombra do navio principal, onde está o Papa. Reina sobre o mar uma grande calma.”

Impossível não lembrar aqui das palavras do Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, quando na homilia da Santa Missa do próprio conclave que o elegeu Papa, ele denunciava as grandes ideologias que são as adversárias da Santa Igreja na nossa sociedade, usando exatamente o exemplo da barca:

“Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decênios, quantas correntes ideológicas, quantos modos de pensamento... A pequena barca do pensamento de muitos cristãos foi não raro agitada por estas ondas – lançada dum extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até ao ponto de chegar à libertinagem; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo e por aí adiante. Todos os dias nascem novas seitas e cumpre-se assim o que São Paulo disse sobre o engano dos homens, sobre a astúcia que tende a induzir ao erro (cf. Ef 4, 14). Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é freqüentemente catalogado como fundamentalismo, ao passo que o relativismo, isto é, o deixar-se levar ao sabor de qualquer vento de doutrina, aparece como a única atitude à altura dos tempos atuais. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que usa como critério último apenas o próprio “eu” e os seus apetites.”

Nesta batalha da visão de Dom Bosco, o Papa é quem conduz a barca, e ele é quem mais é perseguido pelos adversários da Santa Igreja. Algo que lembra a visão da Beata Jacinta, uma das três crianças que viu a Santíssima Virgem em Fátima:

"Eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos no rosto a chorar; fora da casa estava muita gente e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre, temos que pedir muito por ele!”

Na visão de Dom Bosco, é quando a Barca da Santa Igreja é conduzida pelo Papa até as colunas da Eucaristia e da Santíssima Virgem que ela alcança a vitória, e a paz reina!


4. O Dogma

Têm se tornado cada vez mais conhecidas as aparições da Santíssima Virgem em Amsterdan, na Holanda, de 1945 a 1972, a Ida Peerdeman (1905-1996). A Virgem se apresentou como “Senhora de Todos os Povos”, e o Bispo da diocese de Haarleu Amsterdam, Henrik Bonners, e o seu auxiliar, Josef Punt, autorizaram oficialmente publicamente a devoção, no dia dia 3 de maio de 1996.

A Virgem pediu que pintasse um quadro dela, em frente a cruz, sobre um globo.

Nesta aparição de Amsterdan, a Santíssima Virgem disse, entre outras coisas:

“Façam penitência. O mundo não será salvo pela força, mas sim através do Espírito.”
“Querem expulsar a prática da religião. Isto será feito com tanta sutileza, que quase ninguém notará”
“Virá um tempo de inquietação e turbulência: Humanismo, paganismo, descrença; serpentes que tentarão dominar o mundo”.
“O tempo chegou. O Espírito Santo deve vir sobre a terra, sobre os povos”.
“Antes de mais nada voltai para Ele (Deus), somente depois virá a verdadeira paz”.
“Que seja definido o dogma mariano de Co-Redentora, Medianeira e Advogada.”

No falecimento de Ida em 1996, o Bispo Dom Henrik Bomers esteve presente, e falou sobre ela:

“Era e permaneceu até a morte uma senhora completamente sóbria e teve sempre uma grande relutância na glorificação à sua pessoa. Ela era absolutamente sincera e disse a verdade sobre tudo aquilo que ouviu.”

Também o Cardeal Stickler, reconhecido pela sua fidelidade a doutrina católica, em uma carta aos participantes do encontro em Amterdã de 13 de Maio de 1997, dizia:

“Considero um grande dom as aparições que houve em Amsterdã desde 1945. À vidente Ida foi relevado sobretudo a Vontade de Deus venerar Maria, Sua Mãe, como Co-Redentora, Medianeira e Advogada. Nossa Senhora anuncia que o Santo Padre deve proclamar estes títulos como Dogma para a renovação da Igreja e de toda a humanidade no Espírito Santo. A Igreja deveria submeter estas mensagens a sério exame à luz dos acontecimentos que se verificaram na Igreja e no mundo nestes 50 anos: uma impensável crise de fé e da moral, da política e da economia. Quando a Senhora de Todos os Povos veio a Amsterdã em 1945, ninguém podia imaginar em que medida seriam realizadas estas profecias.”

Com efeito, há um significativo número de teólogos que defende hoje a proclamação deste 5º Dogma Mariano (Co-Redentora, Medianeira e Advogada), que são títulos já mencionados com veneração no Magistério Ordenado de Papas e santos canonizados, como Santo Afonso Maria de Ligório, doutor da Santa Igreja, e São Luis Maria Montfort e que que completariam os outros 4 (Mãe de Deus, Imaculada Conceição, Virgindade Perpétua e Gloriosa Assunção).

As citações acima, de Dom Henrik Borners e do Cardeal Sitincker, podem ser encontradas no livro “Aparições de Nossa Senhora”, de Ernersto N. Roman, Paulus, 6ª Ed, p. 82)

Em tempo: a imagem da Virgem que em Akita, no Japão, em 1973, verteu lágrimas de sangue 101 vezes, era esculpidade em madeira e era exatamente esta, da "Senhora de todos os povos", segunda a devoção que surgiu em Amsterdan em torno da aparição que falamos; em 1988, o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento e na época Prefeiro da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, declarou os fenômenos de Akita como dignos de credibilidade.



5. O Triunfo

Todos esses fatos nos levam a expectativa do grande Triunfo do Imaculado Coração da Santíssima Virgem. Ela prometeu em Fátima (1917):

“Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz".

Também a Santíssima Virgem falou sobre o mesmo assunto em La Salette (França, 1846), em aparição oficialmente reconhecida pela Santa Igreja, e a respeito da qual o saudoso Papa João Paulo II declarou:

“Neste lugar, Maria, a mãe sempre amorosa, mostrou sua dor pelo mal moral causado pela humanidade. Suas lágrimas nos ajudam a entender a gravidade do pecado e a rejeição a Deus, enquanto manifestam ao mesmo tempo a apaixonada fidelidade que Seu Filho mantém com relação a cada pessoa, embora Seu amor redentor esteja marcado com as feridas da traição e do abandono dos homens.”

Nesta aparição de La Salete, disse a Virgem:


“Será feita a paz, a reconciliação de Deus com os homens. Jesus Cristo será servido, adorado e glorificado. A caridade florescerá por toda a parte. Os novos reis serão o braço direito da Santa Igreja, que será forte, humilde e piedosa, pobre, zelosa e imitadora das virtudes de Jesus Cristo. O Evangelho será pregado por toda a parte e os homens farão grandes progressos na fé, porque haverá unidade entre os obreiros de Jesus Cristo e porque os homens viverão no temor de Deus.”

É o que anunciam expressamente também dois santos marianos, canonizados pela Santa Igreja: São Luis Maria Montfort e São Maximiliano Kolbe.

São Maximiliano Kolbe, mártir pelas mãos do totalitarismo nazista, fundou a Milícia da Imaculada visando “a instauração do misericordiosíssimo Reino da Imaculada sobre a terra.” E vivendo no século XX, anunciou:

“Vivemos numa época que poderia ser chamada o início da era da Imaculada. Sob o seu estandarte haverá de combater-se uma grande batalha e haveremos de hastear as suas bandeiras sobre as fortalezas do rei das trevas.”

No maravilhoso “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, de São Luis Maria Montfort (o livro que levou o saudoso Papa João Paulo II a se consagrar a Santíssima Virgem), o santo afirma:

“Quanto, portanto, e é certo, o conhecimento e o Reino de Jesus Cristo tomarem o mundo, será como uma consequência necessária do conhecimento e do reino da Santíssima Virgem Maria. Ela o deu ao mundo a primeira vez, e também da segundo, o fará resplandecer.” (n.13)

E ainda:

“Nesses últimos tempos, Maria deve brilhar, como jamais brilhou, em misericórdia, em força e graça. Em misericórdia para reconduzir e receber amorosamente os pobres pecadores e desviados que se converterão e voltarão ao seio da Igreja católica; em força contra os inimigos de Deus, os idólatras, cismáticos, maometanos, judeus e ímpios empedernidos, que se revoltarão terrivelmente para seduzir e fazer cair, com promessas e ameaças, todos os que lhes forem contrários. Deve, enfim, resplandecer em graça, para animar e sustentar os valentes soldados e fiéis de Jesus Cristo que pugnarão por seus interesses.” (n. 50)

Assim São Luis Montfort exclama:

“Ah! Quando virá este tempo feliz em que Maria será estabelecida Senhora e Soberana nos corações, para submetê-los plenamente ao império de seu grande e único Jesus? Quando chegará o dia em que as almas respirarão Maria, como o corpo respira o ar? Então, coisas maravilhosas acontecerão neste mundo, onde o Espírito Santo, encontrando sua querida Esposa como que reproduzida nas almas, a elas descerá abundantemente, enchendo-as de seus dons, particularmente do dom da sabedoria, a fim de operar maravilhas de graça. Meu caro irmão, quando chegará esse tempo feliz, esse século de Maria, em que inúmeras almas escolhidas, perdendo-se no abismo de seu interior, se tornarão cópias vivas de Maria, para amar e glorificar Jesus Cristo? Esse tempo só chegará quando se conhecer e praticar a devoção que ensino. Ut adveniat regunum tuum, adveniat regnum Mariae. Sim, querido irmão, quando chegará esse tempo feliz, essa era de Maria, em que muitas eleitas que terá obtido do Altíssimo, mergulharão voluntariamente no abismo das suas próprias entranhas, tornando-se cópias vivas de Maria, para amar e glorificar Jesus Cristo?”

Esta devoção que São Luis Montfort mencionada não é outa senão a prática da consagração perfeita a Santíssima Virgem que ela ensina no Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, e foi por meio desta consagração que o Papa João Paulo II se entregou inteiramente a Virgem, sob o lema Totus Tuus.

O mesmo tema do Triunfo da Santíssima Virgem, que será também o triunfo de Nosso Senhor, parece ser retomado por outros santos canonizados e místicos católicos, como Santa Catarina de Sena, doutora da Santa Igreja (1380):

“Deus purificará a Santa Igreja por um meio que foge a toda previsão humana, e haverá uma reforma perfeita na Santa Igreja de Deus e uma renovação muito feliz dos santos pastores que, quando penso, meu coração estremece no Senhor. As nações estranhas à Igreja se converterão ao verdadeiro Pastor.”
Na mesma linha, fala São Cesário de Arles (470-542):

“Haverá um Grande Papa, que será mais eminente em santidade e mais perfeito em todas as qualidades. O Papa estará ao lado do Grande Monarca, um homem cheio de virtudes, que será o rebento da santidade dos reis franceses. O Grande Monarca ajudará o Papa na reformulação de toda a terra. Muitos príncipes e nações que estão vivendo no erro e impiedade serão convertidos e uma paz admirável reinará entre a humanidade durante muitos anos, porque a ira de Deus será apaziguada através do arrependimento, penitência e boas obras. Haverá uma lei comum, uma fé comum, um batismo, uma religião. Todas as nações reconhecerão a Santa Sé de Roma, e prestarão homenagens ao Papa.”
Também a Beata Ana Maria Taiji (1769-1837):

“A Cristandade se espalhará por todo o mundo. (...) Estas conversões serão incríveis. Aqueles que sobreviverem se conduzirão bem. Haverá inúmeras conversões de hereges, que voltarão para a Igreja; todos notarão a conduta edificante de suas vidas, assim como todos os outros Católicos. A Rússia, a Inglaterra e a China irão para a Igreja e o povo estará em júbilo contemplando o triunfo espetacular da Igreja.”
Em uma oração dirigida ao Espírito Santo, diz São Luis Maria Montfort:

“Quando virá esse dilúvio de fogo do puro amor, que deveis atear em toda a terra de um modo tão suave e tão veemente que todas as nações, os turcos, os idólatras, e os próprios judeus hão de arder nele e converter-se?” (Prece de São Luis Montfort pedindo a Deus missionários para a Companhia de Maria)

Que estas palavras sejam a nossa expectativa e a nossa oração, junto com as palavras de João Paulo II:

“Hoje como nunca no passado, a humanidade está em uma encruzilhada. E, uma vez mais, a salvação está só e inteiramente ó Virgem Santa, em teu Filho Jesus.”

Lee Anderson Rebouças CSR

Festa de Nossa Senhora da Saúde

Estando entrando como Paroquianos e como Comunidade na festa do cirío de Nossa Senhora da Saúde neste dia 29 de agosto até o dia 8 de setembro, venho partilhar com vocês a história de nossa festa de nossa amada padroeira, história essa que acaba fazendo parte de nossa história de salvação pessoal e comunitária. Essa festa a cada ano para nós é um renovar de nossa fé e confiança em Deus que passa pelas mãos de Nossa Senhora da Saúde. Poder contar um pouco dessa história é partilhar nossa alegria e fazer com que você também se torne um devoto dessa "Milagrosa Padroeira"! Nossa alegria se torna maior porque nesse ano entraremos no ano jubliar de 80 anos de nossa Paróquia, poruqe para nós paroquianos será um tempo de grandes graças, por isso que apartir desse ano de 2010 nossa festa deixou de ser só novena e passou a ser Cirío, ou seja, uma momento de fé e festejo que ganhou um conotação maior e especial. Que a Virgem da Saúde nos ilumine e nos guarde em seu manto de amor!

Histórico



A devoção a Nossa Senhora da Saúde no Mucuripe é, sem dúvida um ato de fé. Conta a história que ocorre de boca em boca, pelos antigos moradores, que no século XVIII Fortaleza sofria os horrores da peste bubônica e no Mucuripe a doença fez tantas vítimias que não dando tempo enterrá-las no Cemitério São João Batista, devido à distância, passaram a seputá-las nos morros, pricipalmente do Teixeira. A dor dos habitantes, pela perda dos entes queridos, não podia mais ser avaliada, quando chegou ao bairro uma senhora vinda do Rio de Janeiro com uma pequena imagem de Nossa Senhora (não indentificada pelos depoimentos dos moradores). Diante do desespero das famílias e do quadro desolador que via à frente, ela implorou a Nossa Senhora da Saúde a cura do mal. Em troca prometeu construir uma capela para que todos pudessem agradecer a graça concedida. A peste foi em pouco tempo debelada e assim foi erguida a primeira capela de Nossa Senhora da Saúde, no morro do Teixeira. Iniciando assim o novenário sendo celebrado com grande festa, nos dias 29 de agosto até o dia 08 de setembro. Com o tempo, a capela foi soterrada pela areia e os moradores contruíram outra capela em homenagem a Nossa Senhora da Saúde, que teve sua Pedra fundamental no 1º de agosto de 1852. (hoje capela de São Pedro, na Avenida Beira mar). Com a quantidade dos fieis aumentando, e a dedicação a Nossa Senhora da Saúde. Devido a problemas administrativos a capela foi interditada a 11 de dezembro de 1930. A pequenina imagem ficou desaparecida sem se conhecer seu paradeiro por um longo tempo. Com a interdição da capela as missas passaram a ser celebradas em frente à casa do senhor Pedro Rufino, pai de dona Nicota. Nesse período surgiu a necessidade de uma igreja maior, pois quanto mais surgiam dificuldades mais o povo demonstrava sua fé e esperança. No dia 29 de junho de 1931 foi lançada a pedra fundamental da atual Igreja de Nossa Senhora da Saúde, iniciaram assim em regime de mutirão a construção da Igreja-Matriz, onde os moradores chegaram a carregar pedras na cabeça para auxiliar a construção. A obra levou quatro anos para ficar pronta inclusive com a Casa Paroquial, hoje secretaria paroquial, de frente para o mar, com sua frente virada para Av. Abolição, sendo abençoada uma nova e maior imagem da virgem a 06 de setembro do mesmo ano, aqual veneramos até hoje. A pequenina imgem original que a anos ficou desaparecida foi devolvida e restaurada e, hoje, a podemos venerá-la aos pés de Jesus no altar mor da Igreja matriz.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Por que o silêncio durante o Cânon?

Bernanos escreve que o mundo moderno é uma conspiração organizada e ávida contra todo tipo de vida interior. É verdade que é particularmente difícil, como todos já experimentaram, não ser quase constantemente solicitado por este mundo que nos envolve; propagandas, barulhos de toda sorte; se você vai ao dentista, ou fazer compras, ou à garagem de um estacionamento, parece que sempre deve haver uma televisão ou um rádio ligado; "ruído de fundo". Como é que, sob essas condições, estamos ao menos um pouquinho aptos para nos recolhermos e escutarmos aquele que bate, como dizem as Escrituras, à porta de nosso coração? Este barulho ambiente tem se tornado tão familiar que, para muitos, o silêncio é quase insuportável.


Entre os fiéis que participam de uma Missa de acordo com o Missal tradicional pela primeira vez, você encontrará alguns que ficarão imediatamente cativados e conquistados pelas santas e sagradas cerimônias que são realizadas diante de seus olhos.
Outros, contudo, ficarão desconcertados. Certamente esta liturgia é bela e digna, eles prontamente dirão, mas por que o silêncio durante o Canon? Esses pouco minutos parecem-lhes tão longos e às vezes tão vazios. Por essa razão parece ser uma boa idéia fazer alguns comentários nesta matéria.


É verdade que, historicamente, o Canon foi originalmente rezado em voz alta nos primeiros séculos e até, às vezes, cantado. Mas parece, contudo, que antes do séc. VI tornou-se um costume, em alguns lugares, rezar o Canon em voz baixa. Se o Cardeal Bona em seus estudos considera que o uso "comum" do Canon em voz baixa data do séc. VI, Bento XIV pensa que o costume é muito mais antigo, e explica-o por esta disciplina do "arcano", em uso nos primeiros séculos, que consistia em manter em segredo os Mistérios da Fé, pelo menos para os não-iniciados, a fim de não os expor ao ridículo. Dom Vandeur, em "A Santa Missa: nota na liturgia", escreve: "ninguém pode negar que no séc. II a Oração Eucarística era rezada em voz alta. No séc. V, no tempo do papa Inocêncio I (401-417), parece que o oposto já era norma em Roma. No séc. VI, era a prática no Oriente, desde quando o Imperador Justiniano, em 565, ordenou aos bispos e presbíteros a que realizassem a divina oblação... de modo que se pudesse ouvir pelos fiéis. Houve então uma reação. Foi neste tempo que apareceram cortinas ao redor dos altares nas basílicas, um Ciborium ou baldaquino pendente sobre ele, prova manifesta do "segredo" que envolvia o Santíssimo Mistério... é certo que no séc. IX, o Canon, no Oriente e na liturgia Carolíngia, não era rezado em voz baixa. A regra geral que é dada pelos antigos liturgistas é que se acreditava que as palavras de tão grande mistério estavam sendo degradadas e que o povo não mais guardava o respeito suficiente por elas. O Sagrado Concílio de Trento excomungou qualquer pessoa que dissesse que o Rito da Igreja Romana com o qual se pronuncia em voz baixa parte do Canon e as palavras da Consagração é condenado.


Se alguém viu (talvez com razão) na recitação do Canon em silêncio uma certa partida prática, permitindo o sacerdote começar a oração do Canon sem esperar o Sanctus terminar de ser cantado, a maioria dos autores de comentários da Idade Média viram nisso uma razão inteiramente simbólica. O próprio São Tomás de Aquino, na Suma Teológica (Iia, q83, a4, ad5) fala de orações do povo, dos ministros e, por fim, as reservadas ao padre apenas, como são as do Ofertório e da Consagração. E é por isso, diz ele, que são ditas em segredo. Mas São Tomás observa que há aquelas às quais os fiéis são convidados a se unir à oração do sacerdote, como o Dominus vobiscum (e o Orate fratres) antes do prefácio, ao qual são convidados a responder, como é o caso do Per omnia sæcula sæculorum ao fim do Canon, o qual pede, em certo grau, o consentimento dos fiéis pelo seu Amen e permite a eles que tomem como própria a oração do sacerdote. Pe. Lebrun, no séc. XVIII, em sua Explicação da Santa Missa, escreve que sempre se fez esta resposta om ardor; e São Jerônimo nos conta que se podia ouvir este Amen ecoar em toda parte da Igreja, como um trovão. Os fiéis dão seu consentimento a tudo que o padre pediu a Deus em segredo; e deveriam estar persuadidos de que, diz Teodoreto, respondendo com o Amen eles tomam parte nas orações que o padre fez sozinho.


Pius Parsch escreveu mais recentemente que a Igreja está guardada no silêncio a fim de expressar o mistério do ato sacrifical. É importante entender que esta oração do Canon é o que chamamos de Grande Oração. O prefácio tendo sido completado, escreve Dom Guéranger, o Sanctus ressoa e, então, o padre está numa nuvem. Não deveremos ouvi-lo novamente até que se conclua a grande oração... é o que poderíamos chamar de "Missa por excelência". Aqui estamos no domínio que é propriamente sacerdotal, no qual os fiéis não são capazes de fazer nada a não ser (e é o privilégio do caráter batismal que nos permite isso) se associarem [a ele]. Jungmann, em sua Explicação da Missa Romana (Missarum Solemnia) escreve: Aqui estamos no momento em que o sacerdote entra sozinho no santuário. Até aqui, a multidão apertada ao seu redor, acompanhando-o nos cantos, especialmente durante a ante-missa. Os cantos, então, tornam-se menos frequentes e, tendo começado a se erguer vigorosamente a Grande Oração, depois do Sanctus, mantém-se o silêncio. Reina um sagrado silêncio; o silêncio é uma digna preparação para a chegada de Deus. Semelhante ao Sumo Pontífice no antigo testamento, que tinha o direito de, sozinho, uma vez no ano, entrar no Santo dos Santos com o sangue das vítimas (Hb 9,7), o celebrante se separa agora do povo e avança rumo ao Deus de santidade a fim de oferecer sozinho o sacrifício.


Compreendamos bem que este silêncio é uma medida de interioridade, de sagrado, e que nos é um meio privilegiado de entrar no coração deste mistério da Missa. Ele produz em nós a estima pelo silêncio, esta admirável e indispensável condição da alma, diz o Papa Paulo VI. Mesmo lidas em voz alta, poderia o valor destas diviníssimas orações, tendo um poder que nem os anjos têm, ser apropriadamente compreendido? Isto não as vulgariza um pouco e, assim, vulgariza o mistério, expondo-o à nossa incompreensão? Há momentos em que o silêncio é mais eloquente que qualquer palavra. Esta recitação em voz alta pode às vezes tornar-se um obstáculo, à meditação devida ao Mistério que está sendo acompanhado, por força da atenção às palavras (ainda mais se forem ditas em tom narrativo); as palavras do Canon também correm o risco de tornar-se uma barreira para alguns, impedindo-os de penetrar no Mistério. Não foi o Papa Pio XII, em sua encíclica Mediator Dei, que comentou sobre a liturgia que um grande número de cristãos não está apto, com efeito, a usar o Missal Romano, mesmo se estivesse escrito em vernáculo, e que nem todos são capazes de compreender propriamente, como deveriam, os ritos e fórmulas litúrgicas? O temperamento, o caráter e o espírito dos homens são tão variados e tão diferentes que não é possível para todos ser dirigidos e guiados da mesma maneira pelas orações, cantos e ações comuns.


Adoração, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica, é aquela "homenagem do espírito ao 'Rei da Glória', silêncio respeitoso na presença do Deus infinito em grandeza". [Ora,] não se requer um silêncio respeitoso para este momento supremo [do Canon]?


Monsenhor Bugnini que também trabalhou ativamente nesta reforma litúrgica conta, em seu livro (A Reforma da Liturgia), da evolução de nossa Grande Oração: nós começamos com a prática da recitação do Canon em voz alta (a fim de não 'privar' os fiéis do coração da Missa); então, quando esta oração é dita em voz alta... seria melhor que fosse compreensível, em vernáculo, então. Mas desde que o antiquíssimo estilo do Canon não é assim tão fácil e "adaptado", o melhor é proceder com novas Orações Eucarísticas, mais no estilo dos dias atuais.


Se é certo que é preciso sempre pôr um esforço para penetrar melhor os sagrados mistérios e participar melhor neles, como é desejo dos Papas, devemos compreender, como nos lembra Pio XII em sua encíclica Mediator Dei, que a participação principal dos fiéis no Santo Sacrifício da Missa consiste em oferecer-se com a Vítima Divina, sendo por isso apresentado pelo sacerdote em sua patena no momento do Ofertório. A Santa Missa é um ato divino!


Como os apóstolos, que pediram a Jesus que lhes ensinasse a rezar, devemos pedir a Deus, pela Virgem Bem-aventurada, que nos ensine sempre a como assistir e participar melhor do Santo Sacrifício. Presente aos pés da Cruz, ela está novamente aos pés do altar. E devemos também pedir ao nosso Anjo da Guarda, que também está presente junto do altar, para que nos ensine a nos associarmos aos seus louvores.


O Catecismo da Igreja Católica nos diz que, "no silêncio, insuportável para o 'homem exterior', o Pai nos pronuncia seu Verbo Encarnado, que sofreu, morreu e ressurgiu; no silêncio o Espírito de adoção nos faz partilharmos da oração de Jesus".


Terminemos com estas palavras do Livro da Sabedoria, as quais a Igreja utiliza no Introito da Missa do Domingo na Oitava de Natal, em relação à chegada do Filho de Deus à Terra: Dum medium silentium tenerent omnia, et nox in suo curso medium iter haberet, omnipotens sermo tuus Domine, de caelis a regalibus sedibus venit.


Enquanto todas as coisas estavam num quieto silêncio, e a noite estava no meio de seu curso, vosso Verbo onipotente, ó Senhor, desceu dos céus num trono real.


O silêncio é a consumação do ato de louvor. - Dom Delatte

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus

Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de “Deus” não seja manipulado ou usurpado por “César” e vice-versa.

Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir- se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.

Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.

Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.

Na condição de Bispo Diocesano, como r e s p o n s á v e l pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).

Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.

Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.

D. Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL - Parte 3

Quem poderá imaginar ou descrever os transportes de júbilo e alegria que dominam uma jovem mãe, junto do berço do seu primogênito?

E tal o êxtase que até parece que sua vida deixa de existir, para dar lugar ao pequenino. Com imensa ternura lhe vai segredando uma e muitas vezes: “Meu querido filhinho...”. Toda a sua existência concentra-se no zelar pelo ente adorado, conservando-lhe, com extremos de carinho, a preciosa vida, educando-o para que um dia possa ser útil à sociedade, galgando postos de destaque, vivendo feliz e honrado por todos.

Para a mãe a felicidade do filho é seu viver e o sofrimento do filho é seu penar.

Junto da gruta de Belém, na noite de Natal, a Virgem experimenta as inefáveis doçuras da Maternidade, embalando em Seus braços o próprio DEUS-Menino e chamando-O, com tanta ternura, Seu Bem Amado Filhinho. Haverá na Terra ou entre os Santos e Anjos do Céus quem possa compreender a felicidade divina da Bendita entre todas as mulheres, apertando em Seu Peito o Seu Diletíssimo JESUS?

MARIA Santíssima, porém, mesmo nas maravilhas e encantos da Maternidade, vividos em torno do INFANTE Divino, não esquece a palavra dada a DEUS, no Dia da Anunciação, de que seria a Sua escrava: escrava para ser MÃE de DEUS, escrava para zelar e conservar a Vida do MENINO, escrava para apresentá-LO ao Sacrifício e escrava para as dores do Calvário.

O Papa Pio X destaca esta santa missão da Virgem admiravelmente na Encíclica “Ad diem illum”, de 02 de fevereiro de 1904: “À Virgem Santíssima não somente coube a glória de haver ministrado a substância de Sua Carne ao Unigênito do Eterno, que devia nascer Homem, Hóstia excelentemente preparada para a salvação dos homens, mas igualmente teve a Missão de Zelar e conservar esta Hóstia e, ao tempo devido, apresenta-LA ao Sacrifício.”

DEUS LHE lembra esta Sua Missão, quando, apenas decorridas 40 dias do Nascimento do FILHO, vai ao Templo e, numa oferta total, entrega e Consagra solene e oficialmente o Seu JESUS ao Eterno PAI. São Lucas nos descreve esta oferta, no capítulo 2, versículos de 22 a 24, do seu Evangelho:

“Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (Ex. 13,2); e para oferecerem o sacrifício prescrito pela Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.”

MARIA compreende a diferença essencial que existe entre o Seu oferecimento e o das outras mães. Pois estas cumpriam uma cerimônia: ofereciam os filhos e em seguida os tornavam a receber, pagando o resgate.

MARIA sabe que oferece Seu FILHO para a morte, e que DEUS O aceita, e que a morte infalivelmente será executada.

Pela boca do santo e idoso Simeão, DEUS Lhe manifesta que também ELA acompanhará os Martírios da Vítima com sofrimentos inauditos, pois. Lhe diz o santo: “E uma espada transpassará a Tua própria Alma.”

A participação que a Virgem terá nos sofrimentos do FILHO, Leão XIII a expõe na Encíclica “Jucunda semper expectatione”, de 8 de setembro de 1894:

“Quando se ofereceu a DEUS como escrava para a Missão de MÃE, ou quando se ofereceu com Seu FILHO como total holocausto, no templo, desde esses fatos, se tornou Co-participante da laboriosa Obra da expiação do gênero humano.”

Pelo que não se pode duvidar da Sua máxima participação, em Espírito, das terríveis Angústias e Sofrimentos do FILHO. Aliás, aquele Divino Sacrifício, para o qual nutria generosamente do Seu Sangue a VÍTIMA, tinha que consumar-se, na Sua presença, e à Sua vista.

A Mediação Universal exige-Lhe uma longa caminhada rumo à Cruz; uma jornada de trinta e três anos, com seus dias intermináveis de dores e com Suas noites de prolongadas vigílias.

Embora as riquezas e frutos da Redenção consolem a Virgem e a encorajem, cada vez mais, a se entregar como Escrava do SENHOR à Sua tarefa, contudo, ELA não pode e nem deve esquecer que a hóstia do Sacrifício que está preparando, é Seu próprio FILHO.

JESUS, condenado à morte, sobe o monte Calvário, carregando a Cruz às Costas. Jerusalém em peso quer assistir a Crucificação do MESSIAS.

JESUS, enfraquecido pela flagelação e coroação de espinhos, caminha, com extrema dificuldade, gotejante de Sangue.

A imensa turba de curiosos contempla esse trágico espetáculo. Todos o fitam, JESUS levanta os olhos à procura de alguém que o queira animar.

Não passara ELE a vida fazendo o bem? “Pertransiit bene faciendo”, como diz São Lucas. Onde agora se encontram os miraculados? Onde os cegos a quem abrira os olhos, com tanto carinho? Por que não são vistos, a SEU lado, os coxos, a quem outorgara a caminhar? Os surdos a quem fizera de novo ouvir? E onde, sim, estão os mortos, aqueles a quem, com Sua Força Divina chamara de volta à vida?

Que é feito daquelas cinco mil pessoas que alimentara, multiplicando os pães e peixes, e as quais; saciadas queriam, com tanto entusiasmo, proclamá-LO seu Rei e Senhor?

Ei-LO hoje, Sexta-Feira Santa, a caminho da morte, quando cinco dias atrás, os clamores do Domingo de Ramos O tinham recebido triunfalmente: “Hosana, Bendito O que vem em Nome do SENHOR! Rei de Israel! ”E agora...? Sim, O recebem, mas aos gritos de: “Crucifica-O, crucifica-O...”

Entre tantos beneficiados pelos mais estupendos Milagres, não haverá, porventura, um único sequer, que venha dizer em SUA defesa, uma única palavra que seja neste abismo de dor e desprezo em que SE encontra?

Eis que uma nobre SENHORA vem chegando e se aproxima tanto do CONDENADO, que os Olhos DELA se encontram com o Olhar de Sangue da VÍTIMA. Não trocam palavras, mas se compreendem, falam-se Dois CORAÇÕES...

É a MÃE do CONDENADO que O vem confortar e tomar parte em SEU Martírio. O Coração da MÃE das Dores fala ao FILHO das Dores:

“Meu Filho, aqui ME tens, é TUA MÃE que TE Fala. O conforto que uma MÃE pode dar ao FILHO condenado à morte, aqui o tens todo. TUA MÃE jamais te abandonará. Não importa que ME apontem como a MÃE de um CONDENADO à Cruz. Filho, estou a TEU lado.

Nesta “Via Crucis”, Minha Alma é arremessada a um imenso mar de fel e amargura, mas EU vou CONTIGO.

Embora Meu Coração seja transpassado pela espada, subirei CONTIGO ao Calvário; estarei a TEU lado, EU, TUA MÃE!

Tuas feridas abertas e gotejantes de Sangue são Minhas feridas, TEUS passos de morte são Meus passos, TUA morte é Minha morte. TUA MÃE está aqui a TEU lado; CONTIGO, caminho para a morte.

FILHO, vamos, subamos a montanha da Redenção, a hora já está soando, a NOSSA grande hora soando já está...”

O grande conforto recebido da MÃE no caminho para o Calvário, jamais poderá o FILHO de DEUS esquecê-lo...

Lastimável - Evento M.I.S.S.A‏



Caros irmãos,
O que vemos hoje é uma total degradação do sentido do que é sagrado. Prova disso são as tentativas sutis e no mínimo lastimáveis de tentar ridicularizar ou diminuir o valor da missa, que é a liturgia de maior valor para nós católicos. Lembro aqui no nosso GRAVE dever de divulgar esta informação e reafirmarmos nosso compromisso de DEFENDER e TESTEMUNHAR nossa fé e nossa postura diante de mais uma investida do mundo que desconhece o amor de Deus.
Falo pra vcs deste "Evento" chamado M.I.S.S.A (MOVIMENTO dos INTERESSADOS em SACUDIR a ALMA) que trata-se de uma balada e que em NADA tem a ver com a Igreja Católica ou algum movimento. A festa já foi realizada em diversos estados e agora chega à Fortaleza, segundo noticia alguns sites focados na divulgação de eventos na capital.
Com frases do tipo, "é um pecado deixar de ir", "reze pra chegar logo", “quem disse que ninguém te chama?” e “sábado é dia de missa”, ou então, "cansei da night, agora só vou pra missa." a organização do evento ultrapassa a linha do respeito que é devido às manifestações religiosas.
O evento é uma balada, por sinal visitada por muitas celebridades, que é um dos aspectos que tem chamado a atenção e tem causado o grande frisson e repercussão do mesmo. Tocam várias bandas regadas por arranjos eletrônicos. O ridículo é que: após as bandas, inicia-se um espetáculo de cores e som eletrônico com o DJ Residente da MISSA (O Papa), Dj Tartaruga, tocando seu set MIXTURADO, bem democrático, sem preconceito de estilos musicais, emocionando o público de várias gerações e sacudindo a alma de todos. O evento ainda conta com mulheres vestidas de freiras recepcionando os convidados e entregando brindes, os famosos anões de anjinho, diabinho e outros personagens surpresa.
Entre todas as ridicularidades, as edições desta balada conta com o PAPArazzo, um fotógrafo vestido de Papa que tira fotos não pousadas, bem ao estilo paparazzo, dos convidados em várias situações e depois as fotos ficam expostas num mural para as pessoas levarem para casa como recordação da MISSA.
Por amor a Cristo, rezemos e não descansemos um segundo na nossa missão de evangelizar, pois cresce a cada dia os desafios e a perseguição silenciosa a Igreja...

É preciso que nós como cristãos católicos que amam a Igreja e que reconhecem na Santa Missa o Sacríficio de Cristo na Cruz não incetivemos a ninguém a ir pra essa festa e mais que boicotemos qualquer forma de divulgação desse tipo de festa que como origem o "príncipe deste mundo", pois na verdade isso também já são sinais da apsotasia que invade o mundo e a nossa sociedade e que quer corromper nossos jovens!

Por amor a Cristo, rezemos a Deus que preserve sua Igreja e seu povo de todo mal e ação do inimigo e peçamos a Virgem Maria que venha a cada dia esmagar sobre os seus pés virginais toda ação maléfica do demônio e não descansemos um segundo na nossa missão de evangelizar, pois cresce a cada dia os desafios e a perseguição silenciosa a Igreja...

Lee Anderson Rebouças CSR

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Catequese de Bento XVI sobre Santo Agostinho

Quarta-feira, 25 de agosto de 2010, 11h42

Queridos irmãos e irmãs,

na vida de cada um de nós existem pessoas muito queridas, das quais nos sentimos particularmente próximos, algumas já estão nos braços de Deus, outros ainda partilham conosco o caminho da vida: são os nossos pais, os parentes, os educadores; são pessoas às quais fizemos bem ou das quais recebemos o bem; são pessoas com as quais sabemos que podemos contar. É importante, então, também ter alguns "companheiros de viagem" no caminho da nossa vida cristã: penso no Diretor Espiritual, no Confessor, em pessoas com as quais se pode compartilhar a própria experiência de fé, mas penso também na Virgem Maria e nos Santos. Todo mundo deveria ter algum Santo que lhe fosse familiar, para senti-lo próximo com a oração e a intercessão, mas também para imitá-lo. Desejo convidar-vos, portanto, a conhecer mais profundamente os Santos, começando por aqueles de que levais o nome, lendo-lhes a vida, os escritos. Tenhais certeza de que se tornarão bons guias para amar ainda mais o Senhor e válidos auxílios para o vosso crescimento humano e cristão.

Como sabeis, também eu sou ligado de uma forma especial a algumas figuras dos Santos: entre essas, assim como a de São José e São Bento, do qual levo o nome, estão outros, como Santo Agostinho, que tive o grande dom de conhecer, por assim dizer, proximamente através do estudo e da oração e que se tornou um com "companheiro de viagem" na minha vida e no meu ministério. Gostaria de sublinhar uma vez mais um aspecto importante da sua experiência humana e cristã, atual também na nossa época em que o relativismo parece ser, paradoxalmente, a "verdade" que deve guiar o pensamento, as escolhas, os comportamentos.

Santo Agostinho é um homem que nunca viveu com superficialidade; a sede, a busca inquieta e constante da Verdade é uma das características básicas de sua existência; não, porém, das "pseudoverdades", incapazes de dar paz duradoura ao coração, mas daquela Verdade que dá sentido à existência e é "a casa" em que o coração encontra serenidade e alegria. O dele, nós sabemos, não foi um caminho fácil: pensou encontrar a Verdade no prestígio, na carreira, no possuir das coisas, nas vozes que lhe prometiam felicidade imediata; cometeu erros, passou por sofrimentos, enfrentou reveses, mas nunca se deu por vencido, por satisfeito com aquilo que lhe dava somente um vislumbre de luz; soube olhar no íntimo de si mesmo e percebeu, como escreve nas Confissões, que aquela Verdade, aquele Deus que procurava com as suas forças era mais íntimo a si do que ele mesmo, sempre estava ao seu lado, nunca o havia abandonado, estava na expectativa de poder entrar definitivamente em sua vida (cf. III, 6, 11, X, 27, 38). Como disse em comentário sobre o recente filme acerca de sua vida, Santo Agostinho compreendeu, em sua incansável busca, que não é ele que havia encontrado a Verdade, mas a Verdade mesma, que é Deus, perseguiu-o e o encontrou (cf. L'Osservatore Romano, quinta-feira, 4 de setembro de 2009, p. 8). Romano Guardini, comentando um trecho do terceiro capítulo das Confissões, afirma: Santo Agostinho compreendeu que Deus é "a glória que nos coloca de joelhos, a bebida que sacia a sede, tesouro que nos torna felizes, [...ele tinha] a pacificadora certeza de quem finalmente entendeu, mas também a felicidade do amor que sabe: Isso é tudo e me basta" (Pensatori religiosi, Brescia, 2001, p. 177).

Também nas Confissões, no Livro nono, o nosso Santo relata uma conversa com a mãe, Santa Mônica – cuja memória é celebrada na próxima sexta-feira, um dia depois de amanhã. É uma cena muito bela: ele e a mãe estão em Ostia, em um albergue, e da janela veem o céu e o mar, e transcendem céu e mar, e por um momento tocam o coração de Deus no silêncio das criaturas. E aqui aparece uma ideia fundamental no caminho rumo à verdade: as criaturas devem ficar em silêncio quando se deve dar lugar ao silêncio em que Deus pode falar. Isso é sempre verdadeiro também em nosso tempo: por vezes, tem-se uma espécie de medo do silêncio, do recolhimento, do pensar nas próprias ações, no sentido profundo da própria vida, frequentemente prefere-se viver somente o momento presente, iludindo-se que traga felicidade duradoura; prefere-se viver, porque parece mais fácil, com superficialidade, sem pensar; tem-se medo de buscar a Verdade, ou talvez tenha-se medo de que a Verdade nos encontre, nos apanhe e mude a vida, como fez com Santo Agostinho.

Queridos irmãos e irmãs, desejo dizer a todos, também àqueles que estão em um momento difícil em sua caminhada de fé, a quem participa pouco na vida da Igreja ou a quem vive "como se Deus não existisse", que não tenham medo da Verdade, não interrompam nunca o caminho rumo a ela, não deixem de procurar a verdade profunda sobre si mesmos e sobre as coisas com o olho interior do coração. Deus não deixará de dar Luz para fazer ver e Calor para fazer sentir no coração que nos ama e que deseja ser amado.

A intercessão da Virgem Maria, de Santo Agostinho e de Santa Mônica nos acompanhe neste caminho.

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL - Parte 2

A maioria do povo eleito tinha uma idéia completamente errônea da genuína missão do Messias. Vivendo num país pequenino e dominado pelos romanos, ansiava pela vinda do SALVADOR que o viesse libertar do jugo estrangeiro.

Havia, porém, um pequeníssimo número de almas privilegiadas, conhecedoras, através dos livros Sagrados, da missão sofredora e redentora do MESSIAS, que os libertaria da escravidão do demônio e dos pecados.

Entre essas almas santas, ocupava o primeiro lugar a Santíssima Virgem de Nazaré. Escolhida desde a eternidade para MÃE do Senhor, Imaculada desde a Sua Conceição e preparada, com a Plenitude de todas as Graças e Dons do Divino ESPÍRITO SANTO, para ser digna Morada do Verbo Eterno, devia conhecer, pelo menos em linhas gerais, o futuro do FILHO e o Seu próprio futuro. Embora Seu conhecimento no Dia da Anunciação não fosse detalhado e minucioso, contudo havia de ser suficiente para que o Seu Sim à Encarnação do REDENTOR, fosse espontâneo, livre e consciente.

O Arcanjo São Gabriel Lhe oferece, em Nome de DEUS, para ser ELA a MÃE do DEUS-MESSIAS prometido e REDENTOR do gênero humano: e Lhe pede Seu livre consentimento. Neste momento DEUS LHE pede para ser a Mãe do REDENTOR! SER MÃE do REDENTOR; porém, não consistia só em Concebê-Lo, Gerá-Lo e Alimentá-Lo, mas também em Acompanhá-Lo, em perfeita comunhão de sentimento e dores, até a completa consumação da Obra Redentora.

Ao aceitar a oferta e pronunciar as palavras: “Eis aqui a escrava do SENHOR, faça-se em MIM segundo a tua palavra”, MARIA Santíssima aceita ser Mãe do REDENTOR e também todas as conseqüências sofredoras que esta Sua posição central, nos mistérios da redenção humana, Lhe há de trazer.

O VERBO Eterno ao assumir a natureza humana no Seio Castíssimo da Virgem, dá o primeiro passo como REDENTOR do gênero humano, e, MARIA Santíssima ao tornar-se, por Sua livre vontade, MÃE do SALVADOR, dá o primeiro passo como Co-Redentora do gênero humano. Quando termina a Virgem Santíssima as palavras do “Fiat”, o VERBO se faz Carne, entra no mundo, e no mesmo instante faz a oferta inicial de toda a Sua vida, dizendo: “Não quiseste sacrifício nem oblação mas ME formaste um Corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então EU disse: Eis que venho (porque é de MIM que está escrito no rolo do livro), venho ó DEUS, para fazer a TUA vontade. (Sal. 39,7 ss). (Hb.10, 5-7)

MÃE e FILHO, portanto, no momento da Encarnação se ligam eternamente à Vontade soberana do PAI. Cumprir esta vontade à risca, eis o programa de vida do FILHO e da MÃE. Mais tarde dirá CRISTO a Seus discípulos que LHE ofereciam comida: “...Tenho um alimento para comer que não conheceis... Meu alimento é fazer a Vontade d’Aquele que Me enviou, e cumprir a Sua Obra”. (Jo. 4, 32-34)

Mesmo do alto do Calvário, cravado cruelmente à Cruz, moribundo, entrega a Sua Alma ao PAI depois do “Consummatum est” “Tudo está consumado” (Jo. 19,30), isto é, depois de ter verificado que a Vontade de DEUS fora integralmente cumprida, desde o instante da Encarnação até ao derradeiro momento da última gota de Sangue, do último suspiro. Assim também ocorreu com a Santíssima Virgem.

O “Fiat” pronunciado no Dia da Anunciação, será o único e total programa de Sua Vida. Sim, palavra singela, o “Fiat”, mas que significa e exprime a mais absoluta entrega e sujeição de todo o Ser e viver da Virgem à Vontade de DEUS. Sim, palavra humilde, o “Fiat”, mas que deu inicio à maior Obra jamais realizada pelo próprio DEUS. Sim, palavra brevíssima, o “Fiat”, mas que não o esquecerão nem o rolar dos séculos, nem o passar da eternidade. O “Fiat” acompanhará sempre a Virgem Santíssima, num crescendo vertiginoso, até alcançar o seu auge, na hora suprema da consumação do Sacrifício da Cruz.

Em relação ao Mistério da Anunciação, os santos padres e doutores da Igreja freqüentemente fazem a comparação entre Eva e MARIA e, chamam MARIA Santíssima de Nova Eva, seguindo o exemplo de São Paulo que chama a CRISTO de Novo Adão.

Santo Ireneu, séc. II, opondo MARIA a EVA, diz: “Assim como por uma virgem desobediente foi o homem ferido, caiu e morreu, assim também por meio de uma Virgem obediente à Palavra de DEUS, o homem recobrou a vida. Era justo e necessário que Adão fosse restaurado em CRISTO, e que Eva fosse restaurada em MARIA, a fim de que uma Virgem apagasse e abolisse pela Sua obediência virginal a desobediência de uma virgem.“ (Ir. Demonstr. Apost. Praed., Vers. Weber, pg. 59-60).

O mesmo pensamento, em torno de MARIA, a Nova EVA, é admiravelmente exposto, pelo grande Santo Efrem, quando afirma:

“O Anjo desceu dos Céus e falou à Virgem Santíssima: começou-se a tratar da reconciliação, encaminhou-se o tratado de paz. Em vez da serpente apresentou-se Gabriel, e em vez de Eva, a Virgem MARIA. Com as palavras que dirigiu a MARIA, Gabriel desfez as palavras que o execrável homicida dirigiu à virgem Eva. Eva assinou a escritura da dívida, a Santíssima Virgem pagou a dúvida. Eva tinha caído, MARIA Santíssima levantou-a de novo.” (Ephr. Lamy. 3, 976-978).

São João Damasceno, o grande devoto e apóstolo das imagens dos santos e da Virgem Santíssima, exprime idêntico pensamento, dizendo:

“Eva tornou-se culpável de prevaricação e por ela entrou a morte no mundo; MARIA santíssima, dando o Seu consentimento, e sujeitando-se à vontade de DEUS, enganou a serpente enganadora.” (Damasc. M.G. 96 ,671)

A mesma doutrina ensinavam os grandes doutores São Jerônimo e Santo Agostinho. São Jerônimo escreveu:

“A morte por Eva, a vida por MARIA.” (Hier. M. L. 22, 408)

Santo Agostinho: “Por uma mulher a morte, por uma mulher a vida.” (Ang. M.L. 38, 1108)

Mas ninguém mais ternamente exprimiu este pensamento do que o devotíssimo da Santíssima Virgem, São Bernardo:

“Ouvistes, ó Virgem, o Anjo aguarda a Vossa resposta; nós também esperamos. O preço de nossa salvação está nas vossas mãos: se consentis, seremos salvos. Eis que o mundo inteiro, prostrado a vossos pés, de vós espera. Das vossas palavras está pendente a salvação de todos os filhos de Adão.” (Bern. M.L. 183, 83-84).



Pelo que acabamos de ler, vemos claramente que os santos padres ensinam que MARIA Santíssima, por Seu livre consentimento à Encarnação do VERBO Eterno, reparou o mal que Eva nos causara; por intermédio de MARIA nos veio a salvação.

Preciosíssima é a doutrina do Papa Leão XIII sobre a Anunciação, expressa na Encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891: “Querendo o Filho do Eterno PAI, para a Redenção e honra do homem, vestir a sua natureza e contrair com o gênero humano místicos esponsórios, não pôs em obra os Seus desígnios senão depois de ter obtido o pleno e livre consentimento d’Aquela que havia escolhido para MÃE e que representava, em certo modo o gênero humano, conforme a luminosa e acertadíssima sentença do Doutor Angélico: “No dia da Anunciação era esperado o consentimento da Santíssima Virgem em lugar de toda a natureza humana”. De onde se pode, com não menos verdade e exatidão, afirmar que nada desses tesouros de infinitas graças que o SENHOR os trouxe, pois que a Verdade e a Graça vem de JESUS CRISTO, nos foi comunicado senão por MARIA. E deste modo, como ninguém pode ir ao PAI senão pelo FILHO, assim também, quase de igual modo, ninguém pode ir a JESUS CRISTO, senão por Sua MÃE.”

A mesma doutrina sabiamente destaca-a Leão XIII na Encíclica “Fidentem piwnque”, de 20 de setembro de 1896:

“Esta dignidade (de Medianeira) cabe, em grau muito elevado, à Santíssima Virgem, pois só ELA cooperou na reconciliação do gênero humano como mais ninguém. E esta cooperação inefável está contida, essencialmente, em Seu consentimento, Sua prontidão de pequena serva confiante na Obra Divina, em Seu Admirável “Fiat”: “Faça-se em MIM.””

O pensamento claro do grande Pontífice Leão XIII é o seguinte: DEUS, fazendo depender do consentimento da Virgem a Obra da Redenção, manifestou a disposição de Sua Vontade de por nas mãos de MARIA Santíssima todo o tesouro das Graças que JESUS nos veio trazer.

Na Encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891, continua Leão XIII:

“O Pai Celestial comunicou a MARIA Santíssima sentimentos profundamente maternos, que não respiram outra coisa senão amor perdão. Aos cuidados e solicitude de MARIA recomenda JESUS, do alto da Cruz, todo o gênero humano, em Seu discípulo João.

MARIA entrega-se aos filhos como MÃE, e como herança do FILHO, a morrer em meio a imensos sofrimentos, começa, com grande empenho, a empreender o Ofício Materno. Foi este o Desígnio de DEUS com MARIA, aprovado pelo Testamento de CRISTO. Desde o começo, os santos Apóstolos e os primeiros fiéis lhe experimentaram a doçura. Experimentaram-na e ensinaram-na os Padres da Igreja e, em todas as épocas foi aceita por unânime consenso dos povos cristãos.

Mesmo se a Tradição se calasse e se os Escritos faltassem, romperia uma voz de todos os peitos cristãos e clamaria com eloqüência suprema.

Não é outra coisa do que fé divina que, por um impulso fortíssimo, nos leva e arrebata com infinita suavidade para MARIA. Nada mais antigo e mais grato que confiar em Sua proteção, em Sua fidelidade, entregando-Lhe tudo o que é nosso: preces e anseios, de modo que, por mais confiante que seja nossa fé em DEUS, o que LHE for exposto por nós, indignos, logo se torna caro e aceito, se for recomendado por Sua MÃE Santíssima.

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL - Parte 1

Um dos objetivos deste site é resgatar a autêntica espiritualidade Católica, que nasce e se apóia na prática, no respeito e principalmente no entendimento da sacralidade presente na Doutrina, nos Dogmas e na Tradição herdada dos santos Apóstolos, santos Papas, e santos Doutores de nossa amada Igreja, da qual o próprio SALVADOR e REDENTOR JESUS CRISTO, é a Cabeça e o Divino Condutor.

Por tudo isso, decidimos resgatar importantes pensamentos e conceitos teológicos sobre a “Mediação Universal de MARIA Santíssima”, A MÃE de DEUS e nossa, quando em 1954 a Igreja comemorava o centenário do Dogma da Imaculada Conceição, reconhecido pelo Papa Pio IX e instituído em 1854.

Antes de apresentarmos a Doutrina desta Mediação da Mãe, cumpre-nos explicar e expor o Ofício Medianeiro de CRISTO.

Ao falar da Mediação de CRISTO, santo Tomás de Aquino ensina: “O Ofício de Medianeiro entre DEUS, e os homens consiste em uni-los”. (Suma Teológica3, q.26, a.1). A essência, pois, e a finalidade da Mediação de CRISTO está em unir os homens com DEUS.

O Medianeiro, segundo Santo Tomás, apresenta a DEUS as orações dos homens, oferece o Sacrifício, que é o ato principal da virtude da religião, e distribui aos homens os Dons Divinos que santificam as almas.

Este Ofício de Medianeiro, elevado a suprema perfeição, cabe e pertence exclusivamente a CRISTO Homem-DEUS, o único que nos pode reconciliar com DEUS, oferecendo-LHE um Sacrifício de valor infinito, que é perpetuado substancialmente no Sacrifício da Santa Missa. Somente CRISTO, Cabeça da humanidade, nos conquistou, com direito de Justiça, todas as graças necessárias a nossa salvação. É precisamente neste sentido que São Paulo ensina:

“Há um só Medianeiro entre DEUS e os homens, o Homem JESUS CRISTO, que se deu a Si mesmo em Redenção por todos.” (1 Tm. 2, 5-6)

Com estas palavras o Apóstolo quer dizer que nenhuma outra pessoa, tem, em si mesma, autoridade própria, nem merecimentos próprios, para se apresentar diante de DEUS, como Medianeiro dos homens, e neste sentido, a Mediação de CRISTO é única e exclusiva.

Mas esta Mediação absolutamente necessária, superabundante e suficientíssima, e que não carece absolutamente do auxílio de quem quer que seja, não exclui medianeiros subalternos e dependentes de CRISTO.

Com diáfana clareza o Papa Leão XIII na Encíclica “Fidentem piumque” de 20 de setembro de 1896, nos prova esta asserção:

“Há quem ache ousada a grande confiança no patrocínio da Virgem e queira repreender-nos. Em verdade, somente a CRISTO compete o nome e partilha de Medianeiro, a CRISTO que é uma só pessoa DEUS e Homem, e assim restaurou o gênero humano na graça: “Há um só Medianeiro entre DEUS e os homens, o Homem JESUS CRISTO, que se deu a Si mesmo, em Redenção por todos.” ( 1 Tm. 2, 5-6)

Mas, como ensina o “Anjo da Escola”, nada se opõe a que também outros se designem medianeiros entre DEUS e os homens, enquanto como ministros e instrumentos, cooperam na união dos homens com DEUS (Suma Teológica 3, q. 26, a.1,2), como os Anjos e Santos do Céus, os profetas e sacerdotes de ambos os Testamentos.

Esta dignidade gloriosa cabe, em ponto mais elevado, à Santíssima VIRGEM. Pois não se pode imaginar uma só personalidade que operasse na reconciliação dos homens com DEUS como MARIA, ou pudesse jamais operar como ELA. Quando os homens tinham incorrido na eterna perdição, MARIA deu-nos o SALVADOR. Pois foi ELA quem, em lugar de todo o gênero humano deu o Seu consentimento, quando o Anjo anunciou o Mistério da Paz (Suma Teológica 3, q. 30, a. 1). É Dela que nasceu JESUS, e ELA é verdadeiramente SUA MÃE e, por esta causa, Digna e Legítima Medianeira do Medianeiro.

É, pois, este o pensamento do papa Leão XIII: “Há um só Medianeiro, e esse é JESUS CRISTO. Mas há junto de JESUS CRISTO, a Santíssima Virgem, MÃE de DEUS, que por sua íntima cooperação com a Obra da Redenção, foi constituída Medianeira, e nesta Sua posição central, MARIA supera a todos os Anjos e Santos; é Medianeira num sentido, como nenhum Anjo e Santo o pode ser”.

Mas, se de fato, a mediação de JESUS CRISTO foi suficientíssima, superabundante, não carecendo do auxílio de quem quer que fosse, para executa-la, qual a razão, então, de MARIA Santíssima cooperar intimamente nela e merecer o título de Medianeira?

MARIA Santíssima é Medianeira Universal, não porque DEUS dELA necessitasse, mas porque unicamente assim o quis.

DEUS, infinitamente livre, podia querer e não querer a Redenção. E querendo a Redenção, podia escolher aquele modo de remir os homens que mais LHE agradasse. Pois, infinitamente sábio, tinha a sua disposição infinitos planos redentores.

Entre os infinitos planos, então, escolheu e executou aquele em que MARIA Santíssima ocupa, junto ao Divino Redentor, a posição central de MÃE e Medianeira Universal.

Segundo esse plano, na hora estabelecida por DEUS, o VERBO Eterno assume a natureza humana, por Obra do Divino ESPÍRITO SANTO; mas a assume no seio castíssimo da Virgem, e somente após ELA ter dado seu livre, espontâneo e pleno consentimento. A Virgem, portanto, por Sua própria vontade, torna-se MÃE do Salvador, fornecendo-LHE o Sangue Preciosíssimo a ser derramado e o corpo Santíssimo a ser imolado no Santo Sacrifício da Cruz.

Durante os anos que levou a preparação do Santo Sacrifício, MARIA Santíssima vive com o FILHO em perfeita, ininterrupta e íntima comunhão de sentimentos e dores.

Na Sexta Feira Santa, no alto do Calvário, MARIA Santíssima apresenta a DEUS a Vítima Divina. MÃE e FILHO entrelaçados num só sentimento, numa só vontade, oferecem o Sacrifício Redentor à Justiça Divina. Eis, pois, JESUS, o Redentor do gênero humano, satisfazendo plenamente pelos pecados dos homens, e eis a Seu lado a Santíssima MÃE a Co-Redentora, que por Seus sofrimentos, se torna MÃE de todos os remidos.

E agora perguntamos: A missão da Santíssima Virgem estará concluída com a morte do Redentor ou continuará ELA pela distribuição das Graças, conquistadas com Sua cooperação, na dolorosa Obra da Redenção?

A mesma Vontade Santíssima que escolheu a Virgem para MÃE do Redentor, que LHE pediu assistência Maternal para os 33 anos de vida e para a hora do Sacrifício Supremo, esta mesma Vontade quer e determina que ELA seja, junto do FILHO, a Dispensadora de todas as Graças. Pois, o Plano Redentor, abrange não só a conquista de todas as Graças, realizadas aqui na Terra, mas também a distribuição das mesmas que se faz nos Céus.

Seria até de estranhar, se Deus convidasse a Virgem para acompanhar o SALVADOR na Sua crudelíssima jornada, começada na Encarnação e concluída no Calvário, e não A associasse a CRISTO nas alegrias da distribuição de todas as graças, fruto preciosíssimo também do sofrimento da MÃE Celeste.

Portanto, a Santíssima Virgem, unida a CRISTO, aqui na Terra nos sofrimentos cruéis da Redenção, está agora unida a CRISTO nos Céus, na distribuição dos frutos da Redenção.

Como vemos, aqui temos enfeixado, em poucas palavras, o Plano da Redenção do gênero humano, e neste Plano está contida a Mediação da Santíssima Virgem. Distinguimos duas fases da Mediação Universal de MARIA Santíssima:

A primeira compreende a participação de MARIA SANTÍSSIMA nos mistérios da salvação humana: a começar da Encarnação do VERBO, por ELA livremente aceita, continuada durante os 33 anos da Vida do SENHOR e concluída com o Sacrifício da Cruz. Esta primeira parte da Mediação confere a MARIA Santíssima o glorioso título de Co-Redentora do gênero humano, e disso tratará as três próximas partes.

A segunda fase da Mediação universal de MARIA Santíssima diz respeito à distribuição de todas as Graças, iniciada no Dia da Gloriosa Assunção da Santíssima Virgem e a perpetuar-se até o fim do mundo, e que Lhe dá o consolador título de Dispensadora de Todas as Graças. Fatos que abordaremos a partir da quinta parte. Pois, enquanto a aquisição das Graças pela Mediação da Virgem é um fato já realizado e consumado, a Distribuição das mesmas é um fato a consumar-se diariamente, até o Juízo Final.

Mais adiante falaremos ainda da devoção que devemos ter à Medianeira de Todas as Graças e de exemplos Marianos, onde poderemos admirar as infinitas maneiras pelas quais a Santíssima Virgem exerce Sua missão Celestial de Medianeira do Medianeiro.

Nossa Senhora em Garabandal

Onde aconteceu: Na Espanha.



Quando: Em 1961.



A quem: A quatro meninas.



Os fatos: Antes de detalharmos os acontecimentos dessa Aparição julgamos importante fazer as considerações a seguir.

Acreditamos piamente que dois motivos maiores levam Nossa Senhora a manifestar-se na face da terra:

A Glória de Deus e a Salvação das almas. A Santíssima Trindade infinito Amor, Misericórdia e também Justiça envia-nos sua amada Filha, Mãe e Esposa para iluminar o caninho correto para glorificarmos a Deus e salvar nossas almas. E essa ação amorosa e misericordiosa da Mãe de Deus e nossa tem se estendido pelos séculos a fora, nestes 2000 anos.

Para tanto ela vem alertar-nos e orientar-nos naquelas atitudes que não estão de acordo com a santa vontade da Trindade Santíssima.

Apesar de querer a todos junto Dele no paraíso, o Altíssimo sempre respeita o que deu ao homem, sua criatura, nesse caso o livre arbítrio. Ele deu-nos a vida, o mundo e tudo o que nele existe, seu amado Filho unigênito e seu inimaginável sofrimento, sua também amada Filha com suas indivisíveis dores, os profetas, a Igreja, os Anjos, os Santos, a Sagrada Escritura, sua presença viva na Eucaristia, os Mandamentos, os Sacramentos, a oração maior da Santa Missa, o Sacerdócio, o Santo Rosário, a Via Sacra, o Santo Sudário, o milagre de Lanciano para atestar cientificamente a ciência de Sua presença viva e real na Santíssima Eucaristia em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, o manto de Guadalupe e ainda periodicamente por todo o mundo, a presença visual da Santíssima Virgem Maria.

Que Deus! Que Pai! Quanto Amor! E mesmo assim não força-nos a nada, perdoando-nos constantemente no Sacramento da Reconciliação. Além de todo esse manancial de misericórdia, na grande maioria das Aparições da Rainha do Céu e da terra faz jorrar prodígios e sinais fenomenais vistos e até fotografados por milhares de pessoas.

E ainda, existem filhos ingratos que reclamam do Pai celestial, por não enxergarem nada do plano espiritual... Como irão ver, pois vivem como avestruzes, com a cabeça enterrada na terra, só buscando as coisas materiais? Por que escrevemos tudo isto neste momento? Para mostrar o quanto é grande a ingratidão dos homens! para com seu Deus Verdadeiro.

Voltando-nos agora especificamente para Garabandal, reafirmamos que todas as Aparições de Nossa Senhora são importantíssimas, porém esta, nós permitimos dizer, é vital. A seguir, com certeza, todos entenderão o porquê.

O profeta Amós no capitulo três, versículo sete, deixa-nos bastante claro um dos importantes propósitos da presença da Santíssima Virgem em Garabandal:

“Porque o Senhor Javé nada faz sem revelar seu segredo aos profetas, seus servos”.

Como acontece na grande maioria das Aparições os locais onde a Mãe de Deus se manifesta dificilmente estão nos mapas, pois tratam-se de pequenos povoados distantes dos grandes centros e principalmente escondidos em montanhas e cordilheiras íngremes de trabalho acesso.

Seus habitantes, são pessoas simples, pobres e que sobrevivem com dificuldade dos poucos recursos que conseguem obter de suas colheitas e animais. Porém, normalmente é gente de fé e oração, muita fé.

Entendemos com isso que Deus está mostrando o quanto ama e valoriza os humildes e a simplicidade.

Coerente, e não poderia ser diferente, com o Santo Evangelho, pois Nosso Senhor Jesus CRISTO não nasceu, não viveu, nem dirigiu-se aos palácios, mas aos campos, aos povoados e sofredores.

Em 1961, Garabandal era tudo isso, um aglomerado de aproximadamente 80 casas de pedra e 300 moradores, encravada em meio a uma grande cordilheira no norte da Espanha, também chamada montanhas cantábricas, pela proximidade do mar Cantábrico. A cidade próxima mais conhecida era Santander, no Golfo de Gasconha, distante aproximadamente 100 quilômetros.

Esse paupérrimo povoado, despido de todos os confortos da civilização, recebia energia elétrica apenas por algumas horas, e toda alimentação chegava transportada por animais, desde a sede do município, chamada Cosio. Inclusive o padre e o médico tinham grande dificuldade para lá chegar.

Porém, chamava atenção como reuniam-se diariamente, homens, mulheres e crianças, para rezar. Suas orações prediletas eram as ladainhas, o terço e a Via Sacra.

A primeira manifestação do Céus que se tem notícia ocorreu em 18 de junho de 1961 (domingo), no fim da tarde, quando quatro meninas terminavam de fazer uma peraltice inerente as suas idades, pois colhiam maçãs no pomar do vizinho. Eram elas:

__ Maria Concepción González (Conchita) de 12 anos, órfão de pai;

__ Jacinta González, 12 anos;

__ Maria Dolores Mazón (Loli), 12 anos;

__ Maria Cruz González Garrido, 11 anos;

Depois de cederem a tentação de pegar as frutas, mostravam-se todas com remorso, comentando que seus Anjos da Guarda deviam estar muito tristes. Nesse instante, apesar do céu estar limpo, sem nuvens, soou um forte e estranho trovão.

Uma delas comentou que o demônio devia estar contente, e então passaram a jogar pedras a escura, para espantar o maligno.

Em seguida, conta Conchita, “apareceu-me um figura muito bonita envolta numa luminosidade que não me feria a vista”. Ato contínuo entrou em estado de êxtase, sua cabeça voltou-se para trás e fixou os olhos no céu.

As outras três ficaram assustadas ao vê-la naquela situação, quando iam chamar sua mãe, olharam para onde Conchita mostrava, e gritavam: O Anjo!!! Nesse instante todas as quatro meninas ficaram em profundo, silencioso e contemplativo êxtase. A manifestação silenciosa do Anjo durou cerca de meia hora.

Esse fato foi presenciado e testemunhado por um morador do local, João Alvarez Seco (guarda civil), que relatava a ocorrência muito impressionado, afirmando que aquilo era muito estranho.

Em muitas Aparições de Nossa Senhora, os Anjos antecedem como uma preparação. Em Fátima foi assim, primeiro manifestou-se o Anjo de Portugal.

A primeira Aparição da Mãe de Deus aconteceu um torno das 18 horas de um domingo, 02/julho/1961, enquanto as meninas caminhavam rezando o terço, dirigindo-se ao local da visão do Anjo, já acompanhadas por uma pequena multidão de devotos e curiosos.

A Rainha do Céu e da terra apareceu entre dois Anjos, um deles era São Miguel que já tinha se revelado e conversava com as meninas há duas semanas; o outro não revelou o nome. Quem sabe São Gabriel ou São Rafael, pois a Santíssima Virgem em outros locais pelo mundo já se manifestava entre dois Arcanjos. Visualmente, segundo as meninas, eram idênticas.

A Virgem Santíssima denominou-se Nossa Senhora do Monte Carmelo avalizando assim o fato de comemorarmos em 16 de julho, Nossa Senhora do Carmo.

Resumindo esta impressionante Aparição que durou quatro anos (1961 a 1965) e que teve mais de 1000 manifestações do Céus, precisamos divulgar as três profecias mais importantes e longas reveladas por nossa Mãe Celestial em uma Aparição, e que felizmente tem alertado a milhões de pessoas em todo o mundo, no últimos quarenta e dois anos.

Transcrevemos na integra as palavras de um sacerdote Jesuíta, Pe. Richard Foley, em uma de suas conferencias sobre Garabandal:

Três bombas de tempo foram acionadas em Garabandal, desde 1961. São bombas de tempo de uma espécie muito especial e sagrada, pois pertencem ao mundo sobrenatural da profecia; isso significa que elas concentram o nosso olhar em eventos divinos ainda escondidos no futuro.

Nós tomamos conhecimento desses três acontecimentos pro intermédio da própria Rainha dos profetas; eles são comumente denominados de o Aviso, o Milagre e o Castigo.

Assim sendo, já por mais de trinta anos agora, esse trio de profecias “bombas de tempo”, já acionadas, tem funcionado inexoravelmente, de forma regular e constante, na pequena e adormecida vila montanhosa. Cada segundo que se passa aproxima essas “bombas” de seus respectivos instantes finais, quando serão detonadas, acarretando terríveis resultados para o mundo inteiro, tanto no que será visto quanto no que será ouvido.

O AVISO – A primeira dessas três “bombas de tempo” é o Aviso.

Dele podemos dizer que jamais, desde a própria Encarnação, o Deus da Providência interveio tão dramaticamente, tão compassivamente e, também, tão universalmente na história da humanidade.

Nossa Senhora do Monte Carmelo de Garabandal nos assegura que o Aviso irá trazer, para cada ser humano que se encontrar vivo, na terra, naquele preciso instante, uma dádiva do Céus verdadeiramente prodigiosa, uma “negra-graça”. Virá como uma brilhante iluminação da consciência.

Tal fato nos tornará capazes de ver o nosso “eu” pecador como ele verdadeiramente é visto por Deus, e de reformá-lo, de acordo com o que vimos.

Para todos, sem exceção, essa experiência será um momento de verdade e, sem qualquer dúvida, também causará um grande choque, mas muito salutar.

Olhando para a divina luz que ensombra o panorama pecaminoso do nosso próprio íntimo, nós infalivelmente conseguiremos, como nunca antes, sentir a mais sincera contrição unida a uma espécie de aversão pelo pecado e a um fervente compromisso de evitá-lo no futuro.

Então, claramente, a “bomba de tempo” denominada Aviso está calculada para produzir uma explosão de santidade, em escala nada menos que global.

Será algo, inclusive, que poderá ser comparado a um Pentecostes planetário.

Certamente, algumas pessoas irão mostrar um coração suficientemente duro e serão cínicas o bastante para resistirem a essa jóia de graça. Podemos ir até mais adiante, supondo que alguns, entre aqueles que operam resistência, irão, inclusive, tentar racionalizar e considerar todo o Aviso como sendo uma alucinação coletiva, ou pan-fantasia, ou pseudo-conscientização... ou qualquer outra coisa do gênero. Podemos estar certos de que os jargões psicológicos serão enriquecidos com alguns bizarros neologismos.

No entanto, para a maioria das pessoas, o Aviso será, certamente, e de várias maneiras uma prova equivalente ao que foi a experiência da Estrada de Damasco.

O MILAGRE – A segunda “bomba de tempo”, já ativada e pulsando, segundo a segundo, em Garabandal, é o Milagre.

Ele terá lugar, de acordo com o que informam as videntes, dentro dos doze meses que se seguirão no Aviso; Em termos matemáticos, isso significa que poderá acontecer de 1 a 364 dias após. O fato se dará em Garabandal, às 20:30 hs de uma quinta feira, Festa de um santo Mártir da Eucaristia.

Qual forma terá esse Milagre?

Nós, realmente, não temos idéia, além do que Conchita nos conta: será assombroso! Segundo o que lhe foi dito nas aparições, irá ser o maior milagre já realizado por nosso Deus.

Seja como for, essa “bomba de tempo”, em particular, que exibirá um espetáculo nas montanhas escarpadas e ali deixará os seus efeitos, será um milagre incontavelmente maior do que aquele que aconteceu em Fátima, na última aparição.

E esse milagre de Garabandal está destinado a produzir uma explosão espiritual de inimagináveis proporções no mundo inteiro. Ele atuará, em muitos milhões de seres humanos, como um sensacional e virtualmente irresistível sina da presença e do poder de Deus, um sinal sagrado da Sua compaixão e da Sua amorosa bondade.

Ainda que somente aqueles que, naquele momento estiverem em um ponto de onde alcancem com a vista os pinheiros de Garabanal, possam ser, na verdade, testemunhas do Milagre, este será filmado por numerosas câmeras de televisão e exibido em milhões de telas aparelhos de tv, pelo mundo todo.

Podemos,razoavelmente, presumir que a maior parte dos espectadores de televisão, por toda a parte, irá arriscar um olhar um tanto tímido para a sua telinha, um pouco envergonhado por se sentir fazendo parte daquele grupo que crê em Garabandal; somente o fará, porém, no caso de, afinal de contas, poder existir algo de sério naquelas profecias malucas divulgadas por uma certa jovem atualmente uma mãe de família em Nova York, Conchita González Keena.

Ligado a profecia do Milagre e devendo segui-lo de imediato, um outro prodígio deverá acontecer. Nós o chamamos de Sinal. Ele aparecerá sobre os pinus (pinheiros) e ali permanecerá para sempre, indestrutível, testemunhando as aparições. Uma extraordinária e impressionante demonstração do poder de Deus e de seu amor redentor.

O CASTIGO – Temos, finalmente, de considerar a terceira “bomba de tempo” que caminha, passo a passo, para a sua explosão em Garabandal. Ela é denominada Castigo.

A sua função será a de punir o nosso mundo ingrato e pecador, caso ele não responda de forma correta ás graças que fluirão do Aviso e do Milagre.

Assim sendo, essa profética “bomba de tempo” possui uma chave de desligamento automático na estrutura de seu mecanismo. Em outras palavras, o Castigo será condicionado à forma como reagirá a raça humana, após receber as duas gigantescas explosões de graça que o precederão.

Conchita e as outras videntes de Garabandal mostraram, realmente, um vilumbre que será o Castigo, e elas se encontraram tomadas por verdadeiro terror. Faltam palavras para descrever a extensão e o nível das punições que Deus enviará para o mundo se esse persistir em sua pecaminosa e gritante ingratidão.

O que está previsto para o Castigo combina com o que Nossa Senhora preveniu em Fátima. Se Deus quiser, bastantes preces e sacrifícios de nossa parte irão ajudar a segurar a mão da Justiça Divina, e persuadirão essa mesma mão a desligar a terceira e terrível “bomba de tempo”.

1. Vejamos o que diz o Evangelho de São João: “E ele, quando vier, convencerá o mundo quanto ao pecado, e à justiça, e ao juízo”. Quanto ao pecado, porque não creram em mim; quanto a justiça porque vou para o Pai, e vós não me vereis mais, e quanto ao juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não as podeis compreender agora. Quando vier, porém, aquele Espírito de verdade, ele vos ensinará toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai tem (também) é meu. Por isso eu vos disse que ele receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. (Jo16, 8-15)

Portanto, mais uma vez constatamos que as profecias reveladas nas aparições de caráter universal, ou seja, aplicadas a toda humanidade, estão no Santo Evangelho.

2. A conversão de São Paulo

Um outro sacerdote, estudioso de Garabandal e amigo das videntes, Pe. Ensélvio Garcia de Pesquera, fez um resumo por tópicos do Aviso:



a) Será de caráter terrivelmente aflitivo e impressionante;

b) Terá uma dimensão universal, ou seja, alcançará a todos, um todas as partes;

c) Veremos que é coisa do Céus, o que impedirá os homens de fazerem qualquer coisa que não seja implorar a misericórdia de Deus;

d) Virá com uma finalidade de salvação, para que os bons se aproximem mais de Deus e os maus tomem a sério a necessidade de se emendarem;

e) Ele virá, sem duvida, é virá antes do Milagre; ninguém, porém, sabe o dia e a hora;

f) Sua hora, provavelmente, será uma hora de misteriosas trevas;

g) Nessa hora não haverá outro refugio e consolo que não seja a oração.



Ainda sobre o importante Aviso, disse Jacinta, outra das videntes, em fevereiro de 1978, a revista norte-americana “Needles”:



“O Aviso será de duração muito curta, apenas de minutos, mas esse pouco tempo se fará tremendamente comprido pela dor que nos causará. Virá sobre nós como um fogo do Céu, que repercutirá profundamente no interior de cada um. A sua luz veremos, com toda a alegria, o estado da nossa própria consciência, viveremos aquilo que é perder a Deus, sentiremos a ação purificadora de uma chama abrasadora. Em poucas palavras, será como passar pelo Juízo Particular já em vida, dentro da intimidade de cada um”.

Essa purificação do Aviso será necessário para nos deixar “em forma diante do Milagre. De outro modo, não conseguiríamos resistir à sobre humana e maravilhosíssima experiência que iremos ter do Milagre”.

Lembramos que os pecadores dos quais nos arrependemos e confessamos não nos serão dolorosamente apresentados no momento do Aviso purificador. Portanto, é muito importante nos mantermos em dia também com o Sacramento da Reconciliação com nosso amado Deus.

Muitíssimo mais se poderia contar sobre Garabandal, porém acreditamos que o cerne de tão profética manifestação foi aqui apresentado.

Outras considerações sobre Garabandal:

__ Dentre muitos fenômenos místicos que acompanham as verdadeiras Aparições de Nossa Senhora, citamos o fato testemunhado por centenas de pessoas, quando as meninas, de joelhos, em êxtase, recebiam a Sagrada Comunhão diretamente dos Céus, pois as Eucaristias materializavam-se no ar e vinham diretamente em suas bocas, sobre suas línguas, para espanto de todos os presentes;

__ As pequenas videntes também deslocavam-se, quando em êxtase, com grande rapidez, parecendo levitar, e ninguém conseguia acompanhá-las em seus percursos;

__ Nas Aparições que ocorriam no forte do inverno, com temperaturas negativas e chuva as meninas, não eram incomodadas pelo frio, nem pela lama, pois quando terminava o êxtase mostravam-se aquecidas, rosadas e sem nenhum sinal de sujeira nos pés, joelhos e pernas, apesar de terem estado ajoelhadas em meio a chuva;

__ Os santos Padre Pio de Pietrelcina e Madre Teresa de Calcutá eram divulgadores e defensores dessa magnífica obra de Deus. Pe. Pio inclusive trocava correspondência com as meninas, para encorajá-las durante as perseguições que sofreram; e foram terríveis.

__ Um dos Sacerdotes enviados pelo Vaticano para investigar os fatos, afirmava que iria lá para desmascarar a farsa.

Durante uma das Aparições da Santíssima Virgem para as meninas, ficou bem próximo delas para identificar a fraude. Qual não foi a surpresa dele, quando Nossa Senhora mostrou-se também a ele, por breve segundos... Ficou tão emocionado, em estado de grande euforia, que mesmo sendo um jovem padre, morreu do coração na viagem de retorno, em conseqüência da fortíssima emoção;

__ Em 21/01/1966, Sua Santidade, o Papa Paulo VI, dando vazão a sua certeza sobre a veracidade de Garabandal, e antecipando-se a palavra final do Santo Oficio, recebeu a menina Conchita, então com apenas 15 anos, e disse-lhe:

“Conchita, eu te abençôo; e comigo, te abençoará toda a Igreja!” Anteriormente já tinha afirmado: “Garabandal é a mais bela história da humanidade, depois do nascimento de Jesus Cristo. É a segunda vida da Santíssima Virgem nesta terra. É importantíssimo dar a conhecer ao mundo estas mensagens”.

Lee Anderson Rebouças CSR

Três Dias de Trevas

Um dos fenômenos mais espantosos, preditos para estes tempos finais, talvez o que mais medo provoca nas pessoas, são certamente os chamados três dias de trevas. Este fenômeno, já acontecido uma vez na terra, refere-se à nona praga enviada sobre o Faraó e seu povo, e que causou terríveis pavores nos egípcios. No texto de Êxodo 10,21, não fica muito claro o que significou aquele assombroso evento, mas se o leitor tiver a paciência de buscar em Sabedoria 17, terá a perfeita explicação dos sofrimentos e pavores do povo do Egito, naqueles dias, junto com seu teimoso Faraó.

Hoje, não só o Faraó é teimoso, mas bilhões de homens são teimosos, e somente algo de muito espantoso, muito terrível, que choque até as últimas células, que destrambelhe até os últimos átomos de nosso corpo, será capaz de fazer o homem finalmente capitular diante de Deus. E assim, estes famosos três dias de trevas, foram citados por dezenas de profetas, atuais e antigos, muitos dos quais são santos da nossa Igreja, de modo que não podemos ficar alheios ao que eles disseram. Como os textos são auto explicativos, não faremos mais adições, apenas uma finalização. Ouça os profetas!

Pedimos aos leitores, que anotem os itens principais de cada profecia, porque eles formam um conjunto apreciável de informações. Assim não se precisará ficar repetindo estas coisas uma a uma, e as pessoas poderão fazer um caderno para futura consulta. No tempo oportuno – não agora – todos devem se preparar conforme pedem as profecias.

01 - Monge Caesarius of Heisterbach (1180-1240):

As estrelas se chocarão, que será o sinal da destruição e do massacre de quase todos os homens.

02 - Rosa Quattrini: Aparição de San Damiano, Itália, 1964-1981:

Há 50 anos que vivo mais na terra do que no céu. Venho para salvar almas, mas não prestam atenção, nem acreditam em minhas palavras... Haverá castigos estupendos, e a espécie humana perecerá em massa, como milhares de moscas sob o efeito de inseticidas.

O sol desaparecerá, dando lugar às trevas, que durarão três dias e três noites. Então, o fogo da purificação realizará a sua obra devastadora.

03 – Cristina Gallagher – Mítica irlandesa, mãe de família (1991) (Os tempos do fim):

Chegou o momento da purificação da humanidade. Uma grande treva cobrirá o mundo. Tremerão os céus. Os raios e relâmpagos resplandecerão como nunca. Minha mão cairá sobre o mundo mais rápida que o vento. Mas não temam. Tenho sede de almas, porque as amo. Os demônios desencadeados do abismo rondarão pela terra enfurecidos.

04 - Josef Stockert (1947):

O grande desastre começará naturalmente e terminará sobrenaturalmente. Lembrem-se do que isto significa; naturalmente e sobrenaturalmente! Deus intervirá. A terra é lançada fora de seu curso e o sol não dará luz. As trevas estarão sobre todo o globo por setenta e duas horas.

05 - Elena Aiello – Irmã italiana (1954):

"Nuvens com raios e uma tempestade de fogo passarão sobre o mundo e o açoite será o mais terrível que conheceu a história humana. Durará 70 horas. Então se fará sentir o poder da luz sobre as trevas".

06 - Santa Ana Maria Taigi (1830):

"Trevas extremamente espessas se espalharão pelo mundo inteiro e envolverão a terra por três dias e três noites. Durante essas trevas, será absolutamente impossível distinguir qualquer coisa. O ar ficará empestado de demônios, que aparecerão de todas as formas; essa pestilência atingirá não exclusivamente, mas principalmente os inimigos da religião, ocultos ou desconhecidos, com exceção de alguns poucos que Deus converterá pouco depois. Aquele que, por curiosidade, olhar para fora ou sair pela porta, cairá morto."

07 - Frei Pio de Pietralcina - Revelações de Jesus Cristo ao estigmatizado (Foggia - Itália) 1949-1950:

"Das nuvens, espalhar-se-ão sobre toda a terra, furacões e fogo em movimento, ventanias e tempestades, trovões e terremotos irão se suceder ininterruptamente. Continuamente uma chuva de fogo descerá sobre a terra, cobrindo-a durante dois dias. Isto vai provar que Deus está acima de tudo e todos. Observe o sol, a lua e as estrelas do céu e quando elas parecerem estar desordenadas sem razão, saiba que o dia não está longe. Fique unido em oração e espere até que o anjo da destruição tenha passado por sua porta. Ore que estes dias sejam curtos. Para que possais vos preparar para estes acontecimentos Eu vos dou esses sinais:

A noite será muito fria; o vento bramirá. Depois de algum tempo o trovão reboará. Então fechem bem todas as janelas e as portas; não falem a ninguém de fora da casa. Ajoelhem-se diante do Crucifixo, arrependam-se dos seus pecados e peçam a proteção de Minha Mãe. Enquanto a terra tremer não olhem para fora, pois a ira de Deus é santa. Eu não quero que olhem a ira de Deus, pois ela deve ser considerada com temor e tremor. Quem não seguir este conselho instantaneamente se perderá. O vento levará consigo veneno e o espalhará por toda a terra. Aquele que sofrer e morrer de forma inocente será considerado mártir e estará Comigo no Meu Reino. O demônio triunfará (nestes dias).

Mas na terceira noite cessarão os terremotos e o fogo, e no dia seguinte o Sol aparecerá. Anjos descerão do Céu e derramarão sobre a terra o espírito da paz. Dos que se salvarem subirá ao um profundíssimo sentimento de gratidão. O tribunal criminal que será erigido não pode ser comparado a nenhum outro, desde a criação do mundo. Uma terça parte da humanidade perecerá".

08 - São Gaspar de Búfalo (1786-1836) predisse:

"A morte dos impenitentes da Igreja ocorrerá durante os três dias de trevas. Quem sobreviver acreditará encontrar-se sozinho na terra, pois o mundo estará coberto de cadáveres".

09 - Marie Julie de la Fraudais (1850-1941) – Religiosa francesa fez inúmeras profecias, incluindo profecias confirmadas sobre a primeira e segunda guerra mundial. Sobre estes dias, ela disse:

"Virão três dias de completa escuridão. Só as velas bentas darão um pouco de luz nessa treva horrorosa. Mas não arderão na casa dos ímpios. Uma só vela será suficiente para os três dias. Os relâmpagos penetrarão nas casas dos servos de Deus e não apagarão as velas. Nem vento, nem tempestades nem terremotos o conseguirão. Nuvens vermelhas como sangue cruzarão o céu e o estrondo dos trovões fará estremecer a terra até o seu centro. Os oceanos lançarão suas espumantes ondas sobre a terra que se converterá num enorme cemitério. Os cadáveres dos maus e dos bons cobrirão a face da terra. O castigo será mundial".

10 - Patrícia Talbot do Equador, a aparição de Maria falou em 1988:

"A terra sairá de sua órbita durante três dias. (...) Nesses dias, as famílias deverão se manter em oração contínua. (...) Durante esses três dias de trevas, não devemos abrir a porta da casa a ninguém, mas simplesmente seguir rezando. A Virgem disse também que será melhor não olharmos pelas janelas, para não vermos a justiça de Deus caindo sobre o povo".

11 - Franz Kuzelberg - Camponês alemão em 1922 teve a seguinte visão sobre os três dias de trevas:

Trevas por três dias e três noites. Começa com um terrível estrondo de trovão e um terremoto. Não se pode comer nem dormir, somente rezar. Ardem somente velas bentas. Relâmpagos penetram nas casas; ouvem-se terríveis imprecações do demônio. Terremotos, trovões, som do mar. Quem olhar, por curiosidade, pela janela, não escapará da morte. Adora-se o Preciosíssimo Sangue de Jesus e invoca-se a Virgem Maria. Os demônios agarram os ímpios ainda vivos no corpo e estes inutilmente suplicam para serem deixados ainda em vida. Reina a peste: notam-se manchas pretas sobre os braços. Vapores sulfúreos em toda parte, como se o Inferno todo se tivesse desencadeado. (...)

Uma cruz aparece no céu, sinal do fim das trevas. A terra é como um imenso cemitério, como um deserto. Os homens estão apavorados ao saírem de casa. Os cadáveres são recolhidos sobre carros e sepultados em valas comuns. Não viajam nem trens, nem navios, nem automóveis num primeiro tempo. As fábricas silenciam, porque não há ninguém para colocar as máquinas em funcionamento.

12 - Alois Irlmaier (1894-1959), Na visão do profeta alemão com várias profecias:

"Haverá escuridão um dia, durante a guerra. Então, cairá granizo com raios e trovões e um terremoto sacudirá a terra. Então, não saiam de casa! Não haverá mais luz, a não ser de vela, a energia elétrica será interrompida. Quem respirar com força a poeira ficará com câimbras e morrerá. Não abram a janela, pendurem nela papel preto. Toda água exposta ficará envenenada e todo alimento exposto que não for enlatado. Também todo o alimento em vidros ou em copos serão afetados porque o vidro não os protegerá. Lá fora haverá a morte pelo pó, muitas pessoas morrerão. Após 72 horas tudo passará, mas digo mais uma vez: não saiam e nem olhem pela janela. Deixem acesas as velas consagradas ou as de cera. E rezem. Pois nessa noite, morrerão mais pessoas do que nas duas guerras mundiais."

13 – Julka – Zagreb: (As mensagens desta em diante estão no livro Os tempos do Fim do escritor Olivo Cesca. Os leitores conseguirão pelo telefone: 051-341-0769)

Um vento forte e ardente virá do sul, provocando tormentas em todo o globo terrestre. Logo um ruído como de dez trovões ao mesmo tempo retumbará sobre a terra, fazendo-a estremecer. Este será o sinal de que a grande tribulação e os três dias e três noites de total escuridão estão começando.

14 – Luz Amaparo Cuevas – Escorial – Espanha 1983:

A terra se cobrirá de uma densa escuridão, durante três dias e três noites. Nada se poderá ver. O ar será pestilento e venenoso. A iluminação só por velas bentas, que arderão pelos três dias. Os fiéis, por motivo nenhum, devem sair de casa, mas ficarão rezando o terço e suplicando misericórdia. Os inimigos da Igreja morrerão em toda a face da terra, com exceção de uns poucos, que se converterão em tempo. Cairá uma chuva de fogo, e toda a terra tremerá. Roma será destruída, o Vaticano desaparecerá! Por fim reinará a paz na terra. Todos se reconciliarão com Deus e o verdadeiro amor florescerá.

15 – Maria Julia Jehenny – 1850 a 1941 – Estigmatizada francesa:

Virão três dias de completa escuridão – explicou-lhe Jesus. Só as velas bentas darão um pouco de luz nestas trevas horrorosas. Mas não arderão na casa dos ímpios. Uma só vela será necessária para os três dias. Os relâmpagos penetrarão nas casas dos servos de Deus e não apagarão as velas. Nem vento nem tempestades conseguirão. Nuvens vermelhas como sangue cruzarão os céus e o estrondo dos trovões fará estremecer a terra até o seu centro. Os oceanos lançarão suas espumantes ondas sobre a terra, que se converterá num enorme cemitério. Os cadáveres dos maus e dos bons cobrirão a terra. O castigo será mundial.

16 – Beata Maria de Jesus Crucificado – 1878 – Carmelita fundadora do mosteiro de Belém:

Durante os três dias de trevas, as pessoas entregues aos seus caminhos depravados perecerão de um tal modo, que sobreviverá apenas uma quarta parte da humanidade.

17 - Irmão franciscano David Lopez do México, recebeu uma mensagem em 1987, em uma visita a Medjugorje. Seu bispo o encorajou a publicar e difundir. Ela fala sobre os três dias de trevas. Aqui reproduzo partes:

Antes da grande tribulação haverá um sinal: ver-se-á no céu uma gigantesca cruz vermelha, em pleno firmamento azul e sem nuvens. A cor vermelha significa duas coisas: o Sangue de Jesus que nos redimiu, e o sangue dos mártires escolhidos por Deus nos dias de trevas. Todos verão a Cruz: cristão, pagãos e ateus, os quais serão guiados por Deus nos caminhos de Cristo. Eles receberão a graça de interpretar o significado da cruz.

Deus já escolheu as pessoas que serão martirizadas no começo dos três dias de trevas. Elas não devem se assustar, porque Deus lhes dará a graça da perseverança e, depois do martírio, os anjos as transportarão para o céu em corpo e alma.

Durante os três dias de trevas não haverá mais demônios no inferno, eles estarão todos sobre a terra.... Os que não estiverem em estado de graça, morrerão de susto, ao se verem assediados por demônios horríveis, e até mesmo morrerão de loucura.

Não temas pelos três dias de trevas que virão sobre a terra; os que procuram viver minhas mensagens e levam vida de oração serão alertados por uma voz interior, entre três dias a uma semana antes.... Encham-se do amor de Deus na oração, na leitura da Bíblia e na recepção dos sacramentos. Estarei com vocês na hora da aflição e os meus filhos me invocarão como refúgio seguro.

Como o leitor viu, trata-se na maioria de santos da Igreja que falaram sobre este dia. E se Deus na Sua infinita misericórdia se digna a vir a terra, por Jesus e Maria Santíssima, a fim de preparar os homens para esta catástrofe, certamente é porque sabe do imenso vigor que ela cairá sobre a face da terra. Impossível à Igreja canonizar tantos mentirosos.

As profecias falam que este evento será o final de todas as coisas. Ou seja, aqueles que após este cataclismo estiverem ainda vivos, ao amanhecer do novo dia, já estarão dentro da Nova Terra, que caminhará totalmente nos caminhos de Deus. As crianças naqueles dias, deverão entrar em um sono profundo, e não acordarão senão quando tudo terminar. Os adultos que se mantiverem em oração constante, devem se revezar tendo pelo menos um da casa sempre rezando, intercedendo e clamando pela misericórdia de Deus.

Não se deve abrir as portas nem as janelas das casas. Os demônios imitarão as vozes dos nossos parentes, tentando fazer com que abramos nossas casas. Não se deve abrir de forma alguma, por causa do ar pestilento e envenenado que reinará fora. Durante aquelas horas de assombro, os ventos furiosos arrancarão da terra em tremores e evoluções contínuas, todos os gases, venenos e produtos tóxicos, vírus e bactérias que ainda restarem na crosta terrestre. Deus estará fazendo uma limpeza completa, tanto dos últimos maus que ainda não se converteram após tantos sinais, quanto das malignidades que o homem produziu.

Todos sofrerão naqueles dias. Os bons, por não haverem amado a Deus o suficiente. Os maus, por haverem renegado a Deus. Milhões ainda se converterão naquelas últimas horas, em especial após o aparecimento da cruz vermelha no céu. Na verdade, só irão se perder aqueles absolutamente entregues aos demônios. Aqueles teimosos que irão até o fim dizendo que estas coisas não existem, e os que negam a existência de Deus. Todos estes escarnecedores de hoje, nem sabem o quanto pecam duvidando da Justiça de Deus, assim como pecam aqueles que fazem pouco caso da divina Misericórdia. Para estes, está sendo preparada uma verdadeira tempestade. E o fim mais tenebroso possível para suas almas.

Uma coisa é certa: Os Três dias de Trevas virão novamente, a seu tempo! Não adianta, pois, o desespero. Penso que até lá, já próximos do fim de todas as coisas, as pessoas até já estarão acostumadas às desgraças, e esta será apenas uma a mais. Importante é saber que, após clarear o novo dia, os anjos de Deus estarão cantando entre os homens, e haverá uma música celestial nos ares, e haverá risos, e haverá abraços e haverá “paz na terra aos homens de boa vontade”. Então o retorno Glorioso de Jesus deverá acontecer dias depois.

Sem medo, então, que somente Deus é Poder!

Lee Anderson Rebouças CSR