A forma ordinária, infelizmente, não prevê maiores detalhes para que se realize tão rico e significativo rito após a Missa da Ceia do Senhor. Providencialmente, por outro lado, podemos nos socorrer das rubricas antigas, e, nesse sentido, segue um comentário do Pe. João Batista Reus, SJ, morto em odor de santidade, em seu excelente "Curso de Liturgia":
DENUDAÇÃO DOS ALTARES
341. Depois das vésperas as velas ficam acesas. O clero fica no côro e procede-se à denudação dos altares. O C, o D e o S com alva, o C e o D com estola roxa, vão cobertos para o altar, recedidos de Ac. Ao chegarem, todos genufletem. O C faz inclinação e de pé no plano entoa em voz alta a antífona: Diviserunt sibi, que o côro continua, recitando depois o Deus, Deus meus, mais ou menos devagar, segundo o número de altares que houver para denudar, e no fim a antífo a (Mem. Rit.). O salmo não se repete. Se não houver clero, o C, o D e o S rezam o salmo e a antífona em voz alta, segurando o S o livro.
Tendo entoado o C a antífona, o C com o D e o S sobe ao supedâneo e tira uma a uma as toalhas do altar, ajudado pelo D e o S. Os Ac põem-nas, dobradas, na credência, tiram as flores, o frontal, etc. Ficam só a cruz com véu roxo (n. 330) e as velas. Se isto não se pode fazer logo cômodamente, faça-se depois e denude-se durante a cerimônia ao menos a maior parte da mesa do altar. (Mem. Rit.)
O C, o D e o S fazem reverência ao altar, põem os barretes e dirigem-se para outros altares, continuando e acabando o salmo, e voltam ao altar-mo y, onde repetem a antífona e se retiram para a sacristia. Se os altares forem muitos, outros sacerdotes, revestidos de sobrepeliz e estola roxa, podem denudar os altares literais, recitando o mesmo salmo. (d. 2959 ad 3.)
Depois, tira-se a água benta das pias até o sábado santo, se é costume. (d. 2682 ad 54.)