Ricardo Sá
Foto: Wesley Almeida
“Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6, 19-21)
É preciso viver nesta terra sabendo que ela não é nossa pátria, por isso devemos viver nela construindo nossa casa no céu. Isso é um mistério grande demais, mas se você não entra nele [neste mistério], você está fora do plano que Deus tem para você. Precisamos viver nesta terra com "link" ligado no céu. Muitas coisas nesta terra nos são oferecidas, muita "felicidade". Mas esta terra é um lugar de sofrimento, basta olharmos para Jesus, que foi perseguido.
"Se eu não rezo, perco Jesus. Se perco Jesus, perco a esperança."Ricardo Sá
Foto: Wesley Almeida
Mas temos um convite para que caminhemos com alegria e muita consciência para o céu. Darei a vocês 7 dicas de como não perder a esperança:
Primeira dica: Jesus é a esperança. Se eu não rezo, perco Jesus. Se perco Jesus, perco a esperança. A nossa vida de oração é igual a nossa vida com relação aos nossos alimentos, ao meio-dia comecei a sentir fome, então, tive que comer. A minha oração é feita daquilo que eu faço e não daquilo que penso; não adiantaria nada eu ficar pensando na comida e não comê-la. E a Igreja nos oferece a Palavra de Deus para que rezemos com ela, e não tem como ler a Sagrada Escritura fazendo outra coisa; é necessário nos dedicarmos à oração.
Esperança perde-se, pois nos distanciamos da Esperança Personificada: Jesus Cristo. Nós precisamos rezar, ir à capela, ter um tempo só para nós e Deus, nos confessar, rezar o terço, estudar a Palavra, adorar a Jesus. É preciso nos achegarmos ao Nosso Senhor; e isso só é possível orando.
Essa é a dica mais importante, pois Jesus é a nossa esperança.
Segunda dica: Exercite a esperança. Ela é uma virtude. Jesus é tão bom que, além de Ele ser nossa esperança, Ele mesmo nos dá forças para que a exercitemos. Se não exercitamos a esperança, ela morre. Abra um sorriso, desfranza a testa! Dê um olhar de esperança, apesar dos problemas, pois todos os temos.
Jesus nos diz: “Não vos preocupeis com nada”, pois já teve quem se preocupou por você e até morreu por você na cruz!
Terceira dica: Cerque-se de esperança. Procure pessoas que o ajudarão a crescer, a olhar para as coisas e ter esperança. Olhe ao seu redor e veja quem pode ajudá-lo a ter esperança, pois essa pessoa está cheia de Jesus.
Quarta dica: Fuja da maledicência. Quem fala dos outros para você, fala de você para outros. Nunca ninguém morreu porque deixou de falar; ao contrário, tem mais paz, é mais feliz. Não conseguimos ficar quietos, queremos ficar sabendo de tudo e passar para frente.
Quinta dica: Cuide de alguém, dedique-se a alguém, pois, senão, você vira uma ilha e perde a sensibilidade quanto aos outros. Dessa forma, você perde a esperança, pois você só olha para si mesmo e perde a vontade de fazer o outro feliz. Ninguém aprende a cuidar de si se não aprende a cuidar do outro. Nós fomos feitos para o outro.
Sexta dica: Tenha amigos mestres. Você precisa ter uma pessoa, no máximo duas, para partilhar tudo e ajudá-lo nas situações que vive. Alguém com que você fala sem medo das palavras, abrindo o coração para que possa ser ajudado, na esperança, a seguir em frente nos seus propósitos, para que você tenha propósitos na vida cristã. Um diretor espiritual.
Sétima dica: Escute Jesus, que é a nossa esperança. Exercitemo-nos na escuta a Jesus Cristo. Essa dica é tão importante como a primeira, eu preciso parar para escutá-Lo, identificar a voz d'Ele em meio a tantas vozes.
Como ter esperança sem escutar Jesus? Essa dica une-se à primeira: orar, dar a Jesus o seu ouvido, reclinar seu ouvido ao Coração d'Ele, pois Ele quer falar com você, orientá-lo, dar-lhe palavras de salvação dia a dia.
A sétima dica é esta: escute Jesus. E como? Exercitando-se na oração, pegando o terço e rezando a jaculatória: “Fala-me, Jesus, ensina-me a Te escutar”.
Transcrição e adaptação: Regiane Calixto