domingo, 26 de dezembro de 2010

Deus está perto de nós, tem o rosto de Jesus, diz Papa

Bento XVI concede a tradicional bênção Urbi et Orbi
"Deus não está longe: está perto. [...] Não é um desconhecido: tem um rosto, o rosto de Jesus", disse Bento XVI aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, por ocasião daMensagem de Natal com a bênção Urbi et Orbi [Sobre a cidade de Roma e o Mundo].
O encontro aconteceu às 9h (horário de Brasília - 12h em Roma) e o Pontífice concedeu a bênção em 65 línguas, a partir do Balcão central da Basílica de São Pedro.
De acordo com o Santo Padre, "trata-se de uma mensagem sempre nova, que não cessa de surpreender, porque ultrapassa a nossa esperança mais ousada", especialmente por não ser apenas anúncio, mas acontecimento.
Acesse
.: Bênção Urbi et Orbi e Mensagem de Natal de Bento XVI
.: Votos de bom Natal de Bento XVI em 65 línguas

Frente à afirmação do Evangelho de São João - "O Verbo fez-Se carne" (Jo 1, 14) -, o Pontífice lembra uma pergunta feita com frequência.

"Como pode a Palavra eterna e onipotente tornar-se um homem frágil e mortal? Só há uma resposta possível: o Amor. Quem ama quer partilhar com o amado, quer estar-lhe unido, e a Sagrada Escritura apresenta-nos precisamente a grande história do amor de Deus pelo seu povo, com o ponto culminante em Jesus Cristo".

No entanto, apenas consegue perceber a luz desta verdade quem se dispõe a viver a experiência da fé. "A luz desta verdade manifesta-se a quem a acolhe com fé, porque é um mistério de amor. Somente aqueles que se abrem ao amor, são envolvidos pela luz do Natal. [...] Se a Verdade é Amor, requer a fé, o 'sim' do nosso coração", ressaltou.

O Papa também recordou que Deus não muda, é fiel a si mesmo, é Amor, desde sempre e para sempre. O mistério do Natal é luz para o caminho coletivo da humanidade, uma espécie de fermento para a história, sem o qual definharia a força que faz avançar o verdadeiro progresso e o compromisso com a justiça e bem comum.

"Acreditar em Deus, que quis compartilhar a nossa história, é um constante encorajamento a comprometer-se com ela, inclusive no meio das suas contradições".

Ao final de sua mensagem, o Bispo de Roma lembrou os conflitos entre israelitas e palestinos, os sofrimentos dos cristãos iraquianos, as calamidades que assolam o Haiti, bem
 como as recentes intempéries que se abateram sobre a Colômbia, Venezuela, Guatemala e Costa Rica. As populações da Somália, Darfour e Costa do Marfim, Madagáscar, Afeganistão e Paquistão, Nicarágua, Costa Rica e Península Coreana, bem como os fiéis da Igreja na China continental, também foram recordados pelo Pontífice.

"O amor do 'Deus conosco' dê perseverança a todas as comunidades cristãs que sofrem discriminação e perseguição, e inspire os líderes políticos e religiosos a empenharem-se pelo respeito pleno da liberdade religiosa de todos", concluiu.

Leonardo Meira
Da Redação

O Natal do Senhor é o Natal da paz

Imagem de Destaque


Todo homem que acredita em Cristo é regenerado

Enquanto adoramos o nascimento de Nosso Salvador, celebramos também o nosso nascimento. Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão, o Natal da Cabeça é também o Natal do Corpo. Embora cada um tenha sido chamado num momento determinado para fazer parte do povo do Senhor, e todos os filhos da Igreja sejam diversos na sucessão dos tempos, a totalidade dos fiéis, saída da fonte batismal, crucificada com Cristo na Sua Paixão, ressuscitada na Sua Ressurreição e colocada à direita do Pai na sua Ascensão, também nasceu com ele neste Natal.
Todo homem que, em qualquer parte do mundo, acredita e é regenerado em Cristo, liberta-se do vínculo do pecado original e, renascendo, torna-se um homem novo. Já não pertence à descendência de seu pai segundo a carne, mas à linhagem do Salvador, que se fez Filho do homem para que nós pudéssemos ser filhos de Deus. Se Ele tivesse descido até nós na humanidade da natureza humana, ninguém poderia, por seus próprios méritos, chegar até Ele.

Por isso, a grandeza desse dom exige de nós uma reverência digna de seu valor. Pois, como nos ensina o apóstolo Paulo, nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu (cf. I Cor 2,12). O único modo de honrar dignamente o Senhor é oferecendo-Lhe o que Ele mesmo nos deu.

Ora, no tesouro das liberalidades de Deus, o que podemos encontrar de mais próprio para celebrar esta festa do que a paz, anunciada pelo canto dos anjos em primeiro lugar no nascimento do Senhor? É a paz que gera os filhos de Deus e alimenta o amor; ela é a mãe da unidade, o repouso dos bem-aventurados e a morada da eternidade; sua função própria e seu benefício especial é unir a Deus os que ela separa do mundo.

Assim, aqueles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas do próprio Deus (cf. Jo 1,13), ofereçam ao Pai a concórdia dos filhos que amam a paz, e todos os membros da família adotiva de Deus se encontrem n'Aquele que é o Primogênito da nova criação, que não veio para fazer a Sua vontade d'Aquele que O enviou. Pois a graça do Pai não adotou como herdeiros pessoas que vivem separadas pela discórdia ou oposição, mas unidas nos mesmos sentimentos e no mesmo amor. É preciso que tenham um coração unânime os que foram recriados segundo a mesma imagem.

O Natal do Senhor é o Natal da paz. Como diz o apóstolo dos gentios, Cristo é a nossa paz, Ele que de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14); judeus ou gentios, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai (cf. Ef 2).

Trecho do livro: "Alimento sólido"

'Primogênito de Deus'

 
Somos escolhidos e, desde agora, a marca da nossa escolha, a reserva para nós no céu já está em nós. Não é um "cartão" que você tem. Não é um convite a apresentar. Não é uma senha. Não! Já está em você esta marca. Eu poderia dizer: você e a marca de Deus em você são uma coisa só. Gente, e é só corresponder! E, ao correspondermos, nós estaremos aptos para entrar na vida eterna. Além de viver uma vida bem-aventurada já aqui pela conversão que nós fizemos, já poderemos perceber a diferença entre a nossa vida agora e a vida que nós tínhamos anteriormente.

Baixe e ouça esta pregação

Mas você ainda não imagina o que Deus preparou para aqueles que O amam. Porque a vida que nós temos em Deus, gente, é um progresso. É um crescimento. Prepare-se para esta vida e para esta vida em plenitude.

"Você e a marca de Deus em você são uma coisa só"

Eu sei que nós passamos por dificuldades. Passamos. Passamos por dores e por problemas. Passamos. Porque ainda estamos num "vale de lágrimas". Mas, que beleza! Mesmo num vale de lágrimas, a vida que Deus colocou em nós, as promessas que Ele tem para realizar em nós, não podemos imaginar as maravilhas que Ele tem para nós que fomos os escolhidos! Abra-se e prepare-se para viver todas as maravilhas que Deus tem para você. E, para isso, basta corresponder. [...]

Eu sei que a tentação e o mundo, e os agentes do mundo que estão por aí (a mídia, a imprensa, as músicas, as novelas, as fotonovelas, as revistas, a mentalidade corrente, os lugares que as pessoas costumam frequentar) todas eles nos mostram o contrário e nos empurram para não vivermos os mandamentos de Deus. Pelo contrário, nos incentivam a nem dar "pelota" para esse negócio de mandamento. E todos nós acabamos carregando isso, porque vivemos num mundo que não faz caso nenhum dos mandamentos de Deus. É como se eles não existissem!

É pior do que se a nossa geração se contrapusesse aos mandamentos, não quisesse saber dos mandamentos, se opondo aos mandamentos de Deus. Seria melhor essa oposição do que acontece hoje. A nossa geração vive como se não houvesse mandamentos.

Até muitos de nós dizemos: "Bom, eu não sei se eu tenho pecado. Nem sei que pecado eu tenho, porque, afinal de contas, o que foi que eu fiz de errado?"Desculpe-me, isso indica justamente que nós não temos noção dos mandamentos [de Deus] e, porque não temos noção deles [mandamentos], não temos noção dopecado.

Eu quero dizer como diz o padre José Augusto, insistindo (e ele faz muito bem em insistir nisso), que eu não estou falando para os que estão fora da Igreja, porque eles nem estão me ouvindo agora. Eu estou falando para aqueles que estão dentro da Igreja. Nós estamos falando para aqueles que participam dela [da Igreja]. Nós estamos falando para aqueles que já conhecem a Deus, já conhecem a Palavra, já estão na Igreja, estão em movimentos da Igreja, já estão em grupos de oração,estão em comunidades. É para nós, gente!

Se você observar bem, nós também participamos dessa doença infeliz que a nossa geração carrega. É uma doença endêmica, na qual nós vivemos, mas como se os mandamentos de Deus não existissem. Até os Dez Mandamentos para nós parece "coisa de criança". Desculpe-me, mas se você se observar bem, no fundo, no fundo, a noção que você tem é a de que os Dez Mandamentos são uma coisa de criança, uma tolice: "Mas que negócio é esse?"... Verdade ou não é?

Gente, isso é a coisa mais séria do mundo! E a nossa humanidade, a nossa geração, não seria selvagem como é (porque nós temos vivido uma coisa de selvagens) se nós vivêssemos simplesmente os Dez Mandamentos. A nossa sociedade está selvagem assim e a corrupção se espalha como "epidemia" não só por este país, como também pelo mundo todo, justamente porque as pessoas não vivem os mandamentos.

(Trecho da pregação "Primogênito de Deus" de monsenhor Jonas Abib)

Família, Oásis de Felicidade e Bem-estar

Irmãos, reunimo-nos para celebrar a Festa da Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Ela é o modelo para cada uma de nossas famílias cristãs que, unidas pelo Sacramento do Matrimônio e alimentadas pela Palavra e pela Eucaristia, é convidada para levar até o fim sua vocação de ser célula viva, não só da sociedade, mas da Igreja, sinal e instrumento de unidade.
É característico de Mateus elaborar suas narrativas teológicas como sendo atualizações de antigas narrativas do Antigo Testamento. Nesse texto, sobre a ameaça de Herodes ao Menino Jesus e a fuga de José, com o Menino e a mãe, para o Egito, pode-se ver uma alusão à história de José do Egito. José, o sonhador, um dos doze filhos de Jacó (cf. Ex 37,5-11.19), ameaçado de morte pelos irmãos, encontra refúgio no Egito. Depois, os descendentes de Jacó no Egito são conduzidos de volta para Canaã (atual Palestina) por Moisés. Na narrativa de Mateus, São José, como José do Egito, também tem sonhos reveladores. Advertido em sonho por um anjo, diante da ameaça de morte para o Menino Jesus, José também busca refúgio no Egito. Mateus, então, afirma o cumprimento da escritura na volta de José, do Menino e da mãe: “Do Egito chamei meu filho” (cf. Os 11,1). De volta à Judeia, José é novamente advertido em sonho sobre o cruel Arquelau, indo buscar refúgio no norte da Palestina, na Galileia, em Nazaré. Jesus, um novo Moisés na visão de Mateus, ficou conhecido como “o Nazareno”. Na família e nas comunidades de discípulos, apesar de todas as tribulações, deve vigorar sempre a harmonia, na estima, no respeito e na gratidão mútuos. Jesus testemunhou um amor vivido na família aberto e transbordante para com todos os demais carentes da sociedade e do mundo.
Deixemos entrar em nosso coração a Palavra de Deus que hoje nos ajuda a construir a paz e a harmonia familiar. Deus quis ter na terra uma família. Ele quer que as famílias da terra sejam um oásis de felicidade e bem-estar. Por isso, deixemo-nos mover pela força espiritual da Sua Palavra. Meditemos sobre algumas frases que acabamos de escutar:
– Quem honra seu pai terá uma longa vida. – Quem obedece ao Senhor dará descanso à sua mãe. - Filho, ampara teu pai na velhice e não o desgostes!
Para sermos capazes de amar e ajudar os membros da nossa família, São Paulo pede-nos:
– Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, compaixão, bondade, mansidão e paciência! – Perdoai-vos mutuamente. – Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição! – Reine em vós a paz de Cristo. – Cheios de gratidão cantai a Deus hinos e salmos de louvor! – Filhos, obedecei a vossos pais! – Pais, não exaspereis os vossos filhos!
A festa de hoje recorda-nos que Deus, ao enviar Seu Filho ao mundo, quis que Jesus se inserisse na comunidade humana de forma natural. Como todos nós, Cristo teve uma pátria, uma cidade, uma família. Uma mãe que O trouxe em seu seio, envolveu-O em panos, acariciou-O em seu colo. Um pai que O protegeu com toda a solicitude, trabalhou para sustentá-Lo com o pão de cada dia. Esta família tão simples, tão pobre, tão humilde, exteriormente em nada se distingue das outras famílias israelitas. E cumpre a vontade de Deus, observando o que estava determinado na Lei de Moisés: “Quarenta dias após a o nascimento de Jesus, Maria e José foram ao Templo de Jerusalém para O oferecerem ao Senhor. Ofereceram um par de rolas ou duas pombinhas, como todas as famílias pobres”.
Deus ama quem dá com alegria, quem faz a Sua vontade. Que alegria para São José e para a Virgem Maria as palavras pronunciadas por Simeão: “Este Menino é a salvação para todos os povos!”
Que alegria para São José e para a Santíssima Virgem o testemunho da profetiza Ana, que também estava presente e louvou a Deus, falando deste Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Um homem e uma mulher, unidos em matrimônio, formam com os filhos uma família. Deus instituiu a família e dotou-a da sua constituição fundamental. O matrimônio e a família são ordenados ao bem dos esposos e à procriação e educação dos filhos. A família torna-se Igreja doméstica, porque ela é uma comunidade de fé, de esperança e de amor. A família cristã manifesta e realiza a natureza de comunhão como família de Deus. Cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio batismal, contribuindo para fazer dela uma comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e cristãs, lugar de primeiro anúncio da fé aos filhos.
Em relação aos pais, os filhos devem respeito, reconhecimento, docilidade e obediência, contribuindo assim, também com boas relações entre irmãos e irmãs, para o crescimento da harmonia e da santidade de toda a vida familiar. Se os pais se encontrarem em situação de indigência, de doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos devem ajudar-lhes moral e materialmente.
Os pais, participantes da paternidade divina, são os primeiros responsáveis da educação dos filhos e os primeiros anunciadores da fé. Têm o dever de amar e respeitar os filhos como pessoas e filhos de Deus e dentro do possível, de prover suas necessidades materiais e espirituais, ajudando-os com prudentes conselhos na escolha da profissão e do estado de vida. Em particular, têm a missão de educá-los na fé cristã, com o exemplo, a oração, o testemunho de vida, a catequese familiar e a participação na vida eclesial.
Em comunhão com todas as famílias e com todos os crentes, cantemos a nossa gratidão utilizando o Salmo 127 da Santa Missa de hoje: “Ditosos os que temem o Senhor! Ditosos os que seguem os seus caminhos!”
Hoje, celebramos a festa da Sagrada Família. O Filho de Deus prepara-se para cumprir a Sua missão redentora, vivendo de maneira laboriosa e escondida na santa casa de Nazaré. Dessa forma, Ele, unido a todos os homens mediante a Encarnação (cf. Gaudium et spes, 22), santificou a família humana.
A Sagrada Família, que teve de superar muitas provas dolorosas, vele sobre todas as famílias do mundo. Ela continua sendo o modelo de vida familiar, principalmente sobre aquelas que vivem em situações difíceis. Que ela ajude os homens de todas as esferas da sociedade e os responsáveis políticos para que defendam a instituição familiar fundada no matrimônio e a apoiem ao enfrentarem os graves desafios do tempo presente. Que a partir de Nazaré possamos olhar, escutar, meditar e contemplar o significado profundo da manifestação do Filho de Deus em nosso meio, na força frágil de uma criança como Jesus.
Padre Bantu Mendonça K. Sayla

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal tempo de nascer?

"Eis que vos trago o boa nova que será para todo o povo, eis que vos nasceu o Salvador que é o Cristo Senhor!"

Neste tempo de fim de ano muitas pessoas se perguntam e/ou refletem sobre o que a mensagem do Nascimento do Salvador pode nos trazer, na verdade a maioria dessas pessoas são pessoas que condicionaram seus sentimentos aquilo que os outros podem ou não lhe oferecer e acabaram esqueçendo que Aquele que nasce na noite de Natal é Aquele que vem com a Salvação, pois ele é o "Princípe da Paz" que nos traz a Salvação.
No Natal com o seu nascimento o Menino Deus nos faz renascer com Ele nos concedendo vida nova, libertação, alegria e graças de misericórdia. O Nascer de votos que desejamos aos outros e que esperamos que também desejem a nós só pode ser realizado e verdadeiro se todos esses desejos e votos brotarem do Menino Deus fragíl mais tão forte que traz em suas mãos a nossa Salvação.
Que neste tempo de Natal a Virgem Maria nos leve a adorar o Seu Filho na manjedoura e que o Justo José nos ensine no silêncio que o verdadeiro amor consiste em Amar a Deus! E que Jesus menino nos encha de sua alegria, alegria essa que nada e nem ninguém pode nos tirar, pois ela não depende de nossos esforços ou de momemtos que buscamos para nos alegrarmos!
Santo e Feliz Natal a todos!

Venite Adoremus, Domine!
Lee Anderson Rebouças

Discurso do Papa aos membros da Cúria Romana

Por ocasião da troca de votos natalícios




CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 20 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, o discurso de Bento XVI aos cardeais e membros da Cúria Romana, a quem recebeu hoje na Sala Régia do Palácio Apostólico por ocasião do Natal.

* * *

Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Presbiterado,
Amados irmãos e irmãs!

É com vivo prazer que vos revejo, amados Membros do Colégio Cardinalício, Representantes da Cúria Roma e do Governatorato, neste encontro tradicional. Dirijo a cada um a minha cordial saudação, a começar pelo Cardeal Angelo Sodano, a quem agradeço as expressões de estima e comunhão e votos ardentes que me formulou em nome de todos. Prope est jam Dominus, venite, adoremus! Contemplemos como uma única família o mistério do Emanuel, de Deus-connosco, como disse o Cardeal Decano. De bom grado retribuo os votos expressos e desejo agradecer vivamente a todos, incluindo os Representantes Pontifícios espalhados pelo mundo, pela competente e generosa contribuição que cada um presta ao Vigário de Cristo e à Igreja.

«Excita, Domine, potentiam tuam et veni» - com estas e outras palavras semelhantes a liturgia da Igreja reza repetidamente nos dias do Advento. Trata-se de invocações formuladas provavelmente quando o Império Romano estava no seu ocaso. O desmoronamento dos ordenamentos basilares do direito e das atitudes morais de fundo, que lhes davam força, causou a ruptura das margens que até então protegeram a convivência pacífica entre os homens. Um mundo estava no seu ocaso. Frequentes cataclismos naturais aumentavam ainda mais esta experiência de insegurança. E não se vendo qualquer força que pudesse pôr um freio a tal declínio, tanto mais insistente era a invocação da força própria de Deus: que Ele viesse e protegesse os homens de todas estas ameaças.

«Excita, Domine, potentiam tuam et veni». Também hoje temos variados motivos para nos associarmos a esta oração de Advento da Igreja. O mundo, com todas as suas novas esperanças e possibilidades, sente-se ao mesmo tempo angustiado com a impressão de que o consenso moral se esteja a dissolver, um consenso sem o qual as estruturas jurídicas e políticas não funcionam; consequentemente, as forças mobilizadas para a defesa de tais estruturas parecem destinadas ao insucesso.

Excita - a oração lembra o brado dirigido ao Senhor, que estava a dormir na barca dos discípulos fustigada pela tempestade e quase a afundar. Quando a sua palavra potente aplacou a tempestade, Ele censurou os discípulos pela sua pouca fé (cf. Mt 8, 26 e paralelos). Queria dizer: em vós mesmos, adormeceu a fé. E o mesmo nos quer dizer a nós; também em nós, muitíssimas vezes, a fé dorme. Por isso peçamos-Lhe que nos acorde do sono de uma fé que se sente cansada e restitua à fé o poder de mover os montes, isto é, de conferir a ordem justa às coisas do mundo.

«Excita, Domine, potentiam tuam et veni»: nas grandes angústias, a que nos vimos expostos neste ano, voltou-me sem cessar à mente e aos lábios esta oração de Advento. Com grande alegria, tínhamos começado o Ano Sacerdotal e, graças a Deus, pudemos concluí-lo também com imensa gratidão, apesar de se ter desenrolado muito diversamente de como o tínhamos esperado. Em nós, sacerdotes, e nos leigos - concretamente nos jovens - renovou-se a consciência do grande dom que representa o sacerdócio da Igreja Católica, que nos foi confiado pelo Senhor. De novo nos demos conta de como é belo que seres humanos estejam autorizados a pronunciar, em nome de Deus e com pleno poder, a palavra do perdão, tornando-se assim capazes de mudar o mundo, a vida; como é belo que seres humanos estejam autorizados a pronunciar as palavras da consagração, pelas quais o Senhor atrai para dentro de Si um pedaço de mundo, e assim, num determinado lugar, transforma-o na sua substância; como é belo poder estar, com a força do Senhor, junto dos homens nas suas alegrias e sofrimentos, tanto nas horas importantes como nas horas negras da existência; como é belo ter na vida por missão não esta pessoa ou aquela, mas pura e simplesmente o ser mesmo do homem, procurando ajudar para que se abra a Deus e viva a partir de Deus. Com tal consciência, ainda mais atónitos ficámos quando, precisamente neste ano e numa dimensão que não podíamos imaginar, tivemos conhecimento de abusos contra os menores cometidos por sacerdotes, que desvirtuam o Sacramento no seu contrário, sob o manto do sagrado ferem profundamente a pessoa humana na sua infância e causam-lhe um dano para a vida inteira.

Neste contexto, veio-me à mente uma visão de Santa Hildegarda de Bingen, que descreve de modo impressionante o que vivemos neste ano. «No ano de 1170 depois do nascimento de Cristo, estive durante longo tempo doente na cama. Então, física e mentalmente acordada, vi uma mulher de uma beleza tal que a mente humana não é capaz de compreender. A sua figura erguia-se da terra até ao céu. O seu rosto brilhava com um esplendor sublime. O seu olhar estava voltado para o céu. Trajava um vestido luminoso e fulgurante de seda branca e uma manto guarnecido de pedras preciosas. Nos pés, calçava sapatos de ónix. Mas o seu rosto estava salpicado de pó, o seu vestido estava rasgado do lado direito. Também o manto perdera a sua beleza singular e os seus sapatos estavam sujos por cima. Com voz alta e pesarosa, a mulher gritou para o céu: "Escuta, ó céu: o meu rosto está manchado! Aflige-te, ó terra: o meu vestido está rasgado! Treme, ó abismo: os meus sapatos estão sujos!"

E continuou: "Estava escondida no coração do Pai, até que o Filho do Homem, concebido e dado à luz na virgindade, derramou o seu sangue. Com este sangue por seu dote, tomou-me como sua esposa.

Os estigmas do meu esposo mantêm-se em chaga fresca e aberta, enquanto se abrirem as feridas dos pecados dos homens. Este facto de permanecerem abertas as feridas de Cristo é precisamente por culpa dos sacerdotes. Estes rasgam o meu vestido, porque são transgressores da Lei, do Evangelho e do seu dever sacerdotal. Tiram o esplendor ao meu manto, porque descuidam totalmente os preceitos que lhes são impostos. Sujam os meus sapatos, porque não caminham por estradas direitas, isto é, pelas estradas duras e severas da justiça, nem dão bom exemplo aos seus súbditos. Em alguns deles, porém, encontro o esplendor da verdade".

E ouvi uma voz do céu que dizia: "Esta imagem representa a Igreja. Por isso, ó ser humano que vês tudo isto e ouves as palavras de lamentação, anuncia-o aos sacerdotes que estão destinados à guia e à instrução do povo de Deus, tendo-lhes sido dito, como aos apóstolos: ‘Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura' (Mc 16, 15)"» (Carta a Werner von Kirchheim e à sua comunidade sacerdotal: PL 197, 269ss).

Na visão de Santa Hildegarda, o rosto da Igreja está coberto de pó, e foi assim que nós o vimos. O seu vestido está rasgado, por culpa dos sacerdotes. Como ela o viu e expressou, assim nós o vimos neste ano. Devemos acolher esta humilhação como uma exortação à verdade e um apelo à renovação. Só a verdade salva. Devemos interrogar-nos sobre o que podemos fazer para reparar o mais possível a injustiça sucedida. Devemos perguntar-nos o que estava errado no nosso anúncio, em todo o nosso modo de configurar o ser cristão, para que pudesse acontecer semelhante coisa. Devemos encontrar uma nova determinação na fé e no bem. Devemos ser capazes de penitência. Devemos esforçar-nos por tentar tudo o possível, na preparação para o sacerdócio, a fim de que uma tal coisa não possa voltar a acontecer. Este é também o lugar para agradecer de coração a todos quantos se empenham por ajudar as vítimas e suscitar neles de novo a confiança na Igreja, a capacidade de acreditar na sua mensagem. Nos meus encontros com as vítimas deste pecado, sempre encontrei também pessoas que, com grande dedicação, estão ao lado de quem sofre e foi lesado. Esta é a ocasião para agradecer também a tantos bons sacerdotes que transmitem, humilde e fielmente, a bondade do Senhor e, no meio das devastações, são testemunhas da beleza não perdida do sacerdócio.

Estamos cientes da particular gravidade deste pecado cometido por sacerdotes e da responsabilidade que nos cabe. Mas não podemos deixar de falar também sobre o contexto do nosso tempo que é testemunha destes acontecimentos. Existe um mercado da pornografia que envolve as crianças, e que de algum modo parece ser considerado cada vez mais pela sociedade como algo normal. A devastação psicológica de crianças, na qual pessoas humanas são reduzidas a um artigo de mercado, é um terrível sinal dos tempos. Continuo a ouvir, de Bispos de países do Terceiro Mundo, que o turismo sexual está a ameaçar toda uma geração e danificá-la na sua liberdade e na sua dignidade humana. O Apocalipse de São João menciona entre os grandes pecados de Babilónia - símbolo das grandes cidades irreligiosas do mundo - o facto de comercializar os corpos e as almas, fazendo deles uma mercadoria (cf. Ap 18, 13). Neste contexto, coloca-se também o problema da droga, que estende fortemente os seus tentáculos como um polvo por todo o globo terrestre - eloquente expressão da ditadura do dinheiro que perverte o homem. Todo o prazer se torna insuficiente e o excesso no engano da alucinação torna-se uma violência que dilacera regiões inteiras, e isto em nome de um equívoco fatal da liberdade, no qual a própria liberdade do homem acaba minada e por fim completamente anulada.

Para nos opormos a estas forças, devemos lançar um olhar sobre os seus alicerces ideológicos. Nos anos Setenta, teorizou-se sobre a pedofilia como sendo algo totalmente consentâneo ao homem e também à criança. Mas isto fazia parte duma perversão fundamental do conceito de vida moral. Defendia-se - mesmo no âmbito da teologia católica - que o mal em si e o bem em si não existiriam. Haveria apenas um «melhor que» e um «pior que». Nada seria em si mesmo bem ou mal; tudo dependeria das circunstâncias e do fim pretendido. Segundo os fins e as circunstâncias, tudo poderia ser bem ou então mal. A moral é substituída por um cálculo das consequências, e assim deixa de existir. Os efeitos de tais teorias são, hoje, evidentes. Contra elas, o Papa João Paulo II, na sua Encíclica Veritatis splendor de 1993, com vigor profético apontou na grande tradição racional da vida moral cristã as bases essenciais e permanentes do agir moral. Hoje, deve-se colocar de novo no centro este texto como caminho na formação da consciência. É nossa responsabilidade tornar de novo audíveis e compreensíveis entre os homens estes critérios como caminhos da verdadeira humanidade, no contexto de preocupação pelo homem em que estamos imersos.

Como segundo ponto, quero dizer uma palavra sobre o Sínodo das Igrejas do Médio Oriente. Teve início com a minha viagem a Chipre, onde pude entregar o Instrumentum laboris do Sínodo aos Bispos daqueles países lá reunidos. Inesquecível foi a hospitalidade da Igreja Ortodoxa, que pudemos experimentar imensamente agradecidos. Embora ainda não nos tenha sido concedida a plena comunhão, todavia constatámos com alegria que a forma basilar da Igreja antiga nos une profundamente uns aos outros: o ministério sacramental dos Bispos enquanto portador da tradição apostólica, a leitura da Escritura segundo a hermenêutica da Regula fidei, a compreensão da Escritura na unidade multiforme centrada em Cristo desenvolvida graças à inspiração de Deus e, por fim, a fé na centralidade da Eucaristia na vida da Igreja. Assim encontrámos ao vivo a riqueza dos ritos da Igreja antiga mesmo dentro da Igreja Católica. Tivemos liturgias com Maronitas e Melquitas, celebrámos em rito latino e tivemos momentos de oração ecuménica com os Ortodoxos e pudemos ver, em manifestações imponentes, a rica cultura cristã do Oriente cristão. Mas vimos também o problema do país dividido. Tornavam-se visíveis culpas do passado e feridas profundas, mas também o desejo de paz e de comunhão como existiram antes. Todos estamos cientes do facto de que a violência não traz qualquer progresso; de facto, foi ela que criou a situação actual. Só com o acordo e a compreensão mútua se pode restabelecer a unidade. Preparar a gente para esta atitude de paz é uma missão essencial da pastoral.

Depois, no Sínodo, o olhar alargou-se sobre todo o Médio Oriente, onde convivem fiéis pertencentes a religiões diversas e também a variadas tradições e diferentes ritos. No caso dos cristãos, há as Igrejas pré-calcedónias e as calcedónias; Igrejas em comunhão com Roma e outras que estão fora desta comunhão, e em ambas existem, um ao lado do outro, variados ritos. Nos tumultos dos últimos anos, foi abalada a história de partilha, as tensões e as divisões cresceram, de tal modo que somos testemunhas sempre de novo e com terror de actos de violência nos quais se deixou de respeitar aquilo que para o outro é sagrado, e, pior ainda, desmoronam-se as regras mais elementares da humanidade. Na situação actual, os cristãos são a minoria mais oprimida e atormentada. Durante séculos, viveram pacificamente juntos com os seus vizinhos judeus e muçulmanos. No Sínodo, ouvimos palavras sábias do Conselheiro do Mufti da República do Líbano contra os actos de violência aos cristãos. Ele dizia: com o ferimento dos cristãos, acabamos feridos nós próprios. Infelizmente, porém, esta e análogas vozes da razão, pelas quais nos sentimos profundamente agradecidos, são demasiado débeis. Também aqui o obstáculo é a ligação entre avidez de lucro e cegueira ideológica. Com base no espírito da fé e na sua razoabilidade, o Sínodo desenvolveu um grande conceito do diálogo, do perdão, do acolhimento recíproco; conceito esse, que agora queremos gritar ao mundo. O ser humano é um só e a humanidade é uma só. Aquilo que é feito em qualquer lugar contra o homem, no fim fere a todos. Assim, as palavras e os pensamentos do Sínodo devem ser um forte brado, dirigido a todas as pessoas com responsabilidade política ou religiosa, para que detenham a cristianofobia; para que se levantem em defesa dos prófugos e dos atribulados e na revitalização do espírito da reconciliação. Em última análise, a regeneração só pode vir de uma fé profunda no amor reconciliador de Deus. Fortalecer esta fé, alimentá-la e fazê-la resplandecer é a missão principal da Igreja nesta hora.

Deter-me-ia de bom grado a falar detalhadamente da inesquecível viagem à Grã-Bretanha, mas quero limitar-me a dois pontos que estão relacionados com o tema da responsabilidade dos cristãos neste tempo e com a missão eclesial de anunciar o Evangelho. Recordo, antes de mais nada, o encontro com o mundo da cultura na Westminster Hall, um encontro onde a consciência da responsabilidade comum neste momento histórico suscitou grande atenção, que em última análise se concentrou na questão acerca da verdade e da própria fé. Que, neste debate, a Igreja deve prestar a própria contribuição, era evidente para todos. No seu tempo, Alexis de Tocqueville observara que, na América, a democracia se tornara possível e funcionara, porque existia um consenso moral de base que, ultrapassando as diversas denominações, a todos unia. Só se houver um tal consenso acerca do essencial é que podem funcionar as constituições e o direito. Este consenso de fundo proveniente do património cristão está em perigo sempre que no seu lugar, no lugar da razão moral, entra a mera racionalidade dos fins, de que há pouco falei. Combater contra esta cegueira da razão e manter-lhe a capacidade de ver o essencial, de ver Deus e o homem, aquilo que é bom e o que é verdadeiro, é o interesse comum que deve unir todos os homens de boa vontade. Está em jogo o futuro do mundo.

Por fim, queria ainda recordar a beatificação do Cardeal John Henry Newman. Por que motivo foi beatificado? Que tem ele a dizer-nos? A estas perguntas podem-se dar muitas respostas, que foram desenvolvidas no contexto da beatificação. Quero destacar apenas dois aspectos que estão interligados e, no fim de contas, exprimem a mesma coisa. O primeiro é que devemos aprender das três conversões de Newman, porque são passos de um caminho espiritual que nos interessa a todos. Aqui desejo pôr em evidência apenas a primeira: a conversão à fé no Deus vivo. Até àquele momento, Newman pensava como a média dos homens do seu tempo e como a média dos homens também de hoje, que não excluem pura e simplesmente a existência de Deus, mas consideram-na em todo o caso como algo incerto, que não tem qualquer função essencial na própria vida. Como verdadeiramente real apresentava-se-lhe, a ele como aos homens do seu e do nosso tempo, o empírico, aquilo que se pode materialmente agarrar. Esta é a «realidade» segundo a qual nos orientamos. O «real» é aquilo que se pode agarrar, são as coisas que se podem calcular e pegar na mão. Na sua conversão, Newman reconhece precisamente que as coisas estão ao contrário: Deus e a alma, o próprio ser do homem a nível espiritual constituem aquilo que é verdadeiramente real, aquilo que conta. São muito mais reais que os objectos palpáveis. Esta conversão significa uma viragem copernicana. Aquilo que até então lhe apareceu irreal e secundário, revela-se agora como a realidade verdadeiramente decisiva. Onde se dá uma tal conversão, não é simplesmente um teoria que é mudada; muda a forma fundamental da vida. De tal conversão todos nós temos incessante necessidade: então estaremos no recto caminho.

Em Newman, a forma motriz que impelia pelo caminho da conversão era a consciência. Com isto, porém, que se entende? No pensamento moderno, a palavra «consciência» significa que, em matéria de moral e de religião, a dimensão subjectiva, o indivíduo, constitui a última instância de decisão. O mundo é repartido pelos âmbitos do objectivo e do subjectivo. Ao objectivo pertencem as coisas que se podem calcular e verificar através da experiência. Uma vez que a religião e a moral se subtraem a estes métodos, são consideradas como âmbito do subjectivo. Aqui não haveria, em última análise, critérios objectivos. Por isso a última instância que aqui pode decidir seria apenas o sujeito; e é isto precisamente o que se exprime com a palavra «consciência»: neste âmbito, pode decidir apenas o indivíduo, o individuo com as suas intuições e experiências. A concepção que Newman tem da consciência é diametralmente oposta. Para ele, «consciência» significa a capacidade de verdade do homem: a capacidade de reconhecer, precisamente nos âmbitos decisivos da sua existência - religião e moral -, uma verdade, a verdade. E, com isto, a consciência, a capacidade do homem de reconhecer a verdade, impõe-lhe, ao mesmo tempo, o dever de se encaminhar para a verdade, procurá-la e submeter-se a ela onde quer que a encontre. Consciência é capacidade de verdade e obediência à verdade, que se mostra ao homem que procura de coração aberto. O caminho das conversões de Newman é um caminho da consciência: um caminho não da subjectividade que se afirma, mas, precisamente ao contrário, da obediência à verdade que pouco a pouco se abria para ele. A sua terceira conversão, a conversão ao Catolicismo, exigia-lhe o abandono de quase tudo o que lhe era caro e precioso: os seus haveres e a sua profissão, o seu grau académico, os laços familiares e muitos amigos. A renúncia que a obediência à verdade, a sua consciência, lhe pedia, ia mais além ainda. Newman sempre estivera consciente de ter uma missão para a Inglaterra. Mas, na teologia católica do seu tempo, dificilmente podia ser ouvida a sua voz. Era demasiado alheia à forma dominante do pensamento teológico e mesmo da devoção. Em Janeiro de 1863, escreveu no seu diário estas palavras impressionantes: «Como protestante, a minha religião parecia-me miserável, mas não a minha vida. E agora, como católico, a minha vida é miserável, mas não a minha religião». Não chegara ainda a hora da sua eficácia. Na humildade e na escuridão da obediência, ele teve de esperar até que a sua mensagem fosse utilizada e compreendida. Para poder afirmar a identidade entre o conceito que Newman tinha da consciência e a noção subjectiva moderna da consciência, comprazem-se em fazer referência à sua palavra, segundo a qual ele - no caso de ter de fazer um brinde - teria brindado primeiro à consciência e depois ao Papa. Mas, nesta afirmação, «consciência» não significa a obrigatoriedade última da intuição subjectiva; é a expressão da acessibilidade e da força vinculadora da verdade: nisto se funda o seu primado. Ao Papa pode ser dedicado o segundo brinde, porque a sua missão é exigir a obediência à verdade.

Tenho de renunciar a falar das viagens tão significativas a Malta, a Portugal e à Espanha. Nelas, de novo se tornou visível que a fé não é uma realidade do passado, mas um encontro com o Deus que vive e actua agora. Ele chama-nos em causa e opõe-se à nossa preguiça, mas é precisamente assim que nos abre a estrada para a verdadeira alegria.

«Excita, Domine, potentiam tuam et veni». Começámos pela invocação da presença da força de Deus no nosso tempo e pela experiência da sua aparente ausência. Se abrirmos os nossos olhos, precisamente com um olhar retrospectivo sobre o ano que caminha para o seu termo, é possível ver que a força e a bondade de Deus estão presentes de variadas maneiras também hoje. Assim todos nós temos motivos para Lhe dar graças. Com o agradecimento ao Senhor, renovo a minha gratidão a todos os colaboradores. Oxalá Deus nos dê a todos um Santo Natal e nos acompanhe com a sua bondade no próximo ano.

Confio estes votos à intercessão da Vigem Santa, Mãe do Redentor, e de coração concedo a todos vós e à grande família da Cúria Romana a Bênção Apostólica. Feliz Natal!

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Nossa Resposta ao Governador do Rio de Janeiro


"Quem não teve 'namoradinha' que já fez aborto?"

O governador do Rio de Janeiro fez esta pergunta lamentável e chocante em um evento em SP, e criticou o uso do tema na campanha política para Presidente; e afirmou que a legislação – que considera o aborto crime -  é "falsa" e "hipócrita". (Folha de SP – 15/12/10).

É preciso responder esta sua infeliz pergunta. Gostaria de responder ao Governador, em meu nome – e creio, em nome de muitos – que jamais tive “uma namoradinha que fez aborto”. Jamais eu teria a coragem de usar uma moça;  e, pior ainda, depois fazê-la abortar. A formação que recebi de meus pais, de meus professores, e pela voz de Deus que fala na minha consciência, jamais eu teria a coragem de tal ato hediondo e pecaminoso.

 O namoro não é um tempo de brincadeira, de vivência sexual vazia e irresponsável, onde se pode gerar uma criança e depois matá-la ainda no ventre da mãe. Por isso são lamentáveis as palavras do sr. governador. E não se pode justificar este crime hediondo com  a desculpa de um jovem ainda imaturo que tem o “direito” de brincar no namoro e  com a vida dos outros.

A pergunta do sr. governador nos leva a entender que ele deseja que o aborto seja descriminalizado para que os jovens imaturos possam continuar matando o fruto de um namoro sem compromisso, irresponsável? Será que há meninas que possam ser usadas como “namoradinhas” de uso e abuso? Quem aceitaria isso para sua filha ou irmã? Ora, é preciso ter mais respeito a tantas meninas e moças que se tornam vítimas nas mãos de rapazes desumanos. Quantas tiveram mesmo que abortar? E quantas estão sozinhas criando seus filhinhos porque tiveram a coragem e a dignidade de respeitar a vida do seu filho?

Quando o Papa João Paulo II esteve no Brasil a última vez, em 1997, fez uma pregação para os jovens no Maracanã, quando disse, entre muitas coisas que: “Por causa do chamado “amor livre” há no Brasil milhares de filhos órfãos de pais vivos”. E muitos nem mesmo tem o “direito de nascer”. Que uma criança seja órfã porque o pai morreu, paciência, mas deixá-la órfã com o pai vivo, sem o seu carinho e proteção, é uma covardia.

O namoro é o tempo sagrado onde dois jovens se encontram para começar a construir um casamento e uma futura família; é um tempo de conhecimento recíproco, respeito e amor. Mas não o amor erótico, mas o amor de Deus. Jesus mandou que nos amássemos, mas “como Ele nos amou”. E Ele nos amou pregado numa cruz. Isso é amor; uma decisão de fazer o outro feliz, e não de usar e abusar do seu corpo e depois matar o fruto desse “amor livre”. A grande crise dos casamentos e das famílias é a crise do amor. Amar não é gostar egoisticamente de alguém.

O Sr. governador do Rio de Janeiro afirma que manter a lei da criminalização do aborto é hipocrisia. Eu gostaria de perguntar-lhe o que é, então, matar uma criança inocente e indefesa no ventre da mãe?

O Instituto de Pesquisa “Vox Populi” acabou de publicar uma pesquisa,  encomendada pelo Portal iG,  divulgada  em 5/12/2010, onde mostra que  82% dos brasileiros são contra a legalização do aborto, 87% contra a liberação das drogas e 60% contra as uniões civis de homossexuais. Para 72% das pessoas, “o futuro governo da presidente Dilma Rousseff não deveria sequer propor alguma lei que descriminalize o aborto” – a posição é compartilhada por católicos (73%), evangélicos (75%) e membros de outras religiões (69%).

Portanto, a posição do sr. governador contrasta radicalmente contra o que deseja o povo brasileiro. Como pode um governante se opor tão paradoxalmente à vontade popular, se ele foi eleito para representar esse povo? Por outro lado, a pergunta do governador mostra um descaso tão grande à vida do ser humano ainda não nascido, e um desrespeito tão grande ao namoro, que faz doer o coração. Será que não há lições melhores a serem dadas aos nossos jovens? Será que algumas autoridades não deveriam pensar melhor naquilo que dizem?

Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A felicidade que se busca no Natal

Imagem de Destaque

A felicidade que se busca no Natal

Presente algum poderá eliminar o vazio de nosso coração

É praticamente impossível não deixar de perceber que o Natal está chegando. As casas ganham uma ornamentação especial, árvores são iluminadas, jardins decorados e o comércio se movimenta traçando estratégias para melhores faturamentos. As pessoas se mobilizam de tal maneira que nenhuma outra celebração do ano parece igual. Os mais desavisados podem pensar que dezembro é o mês das festas. O comércio se desdobra em turnos de trabalho, promovendo competições, distribuindo prêmios por meio de sorteios, entre muitas outras ações.
Nas empresas, colaboradores brindam a chegada de mais um Natal, com festas, brincadeiras e troca de presentes... Toda essa movimentação parece revigorar nas pessoas a força de encontrar um sentido para suas vidas que, por muitas vezes, não passam de dias rotineiros, repletos de superficialidades, os quais se repetem por anos a fio.
Não é raro nós vermos pessoas reclamando ou tristes exatamente na noite em que a humanidade se rejubila com a graça que Deus dispensou à humanidade. Talvez, essas pessoas esperassem viver – na atitude de presentear e de serem presenteadas – o verdadeiro significado dos votos de felicidade expressos nos cartões ou nas frases, muitas vezes, repetidas quase que automaticamente. Para outras, os votos de felicidades são traduzidos na esperança de gozarem de muita saúde e muito dinheiro para realizar todos os sonhos de consumo.
Infelizmente, devido à necessidade de se alcançar a alegria vendida pelo mundo, muitos de nós mal nós damos conta da grandeza da oferta concedida por Deus a cada um de nós neste tempo. A felicidade que se busca não está contida num pacote ou, simplesmente, nos votos de dias sem preocupações, crises ou sofrimentos. Sabemos que presente algum poderá eliminar o vazio de nosso coração ou tirar a inquietude de nossa alma com as diversas preocupações e decepções. O grande diferencial que supre as lacunas de nossa alma e que revitaliza nossas forças, especialmente quando somos assolados pelas tempestades da vida, tem sido proclamado pela Igreja há mais de 2.000 anos.
Talvez esteja faltando em nossa vida – entre as atividades agendadas para o feriado de Natal – o compromisso de buscarmos viver o encontro com Aquele que é a salvação para ricos e pobres; brancos e negros; livres e cativos; e razão de toda existência. Em nossos dias, grandes transformações continuam acontecendo na vida daquelas pessoas que se dispõem a conhecê-Lo. Pois, ao vivermos uma experiência com Ele não nos encontramos com um personagem histórico que viveu há milhares de anos, mas com Alguém que vive e realiza prodígios na vida de quem O acolhe como Amigo.
Não se conhece alguém que, ao assumir a participação de Jesus Cristo na sua vida, tenha sido decepcionado ou abandonado às margens do caminho; ou que, ao ter clamado por Sua ajuda, tenha sido desprezado.
Neste novo tempo, em vez de permitirmos que o Menino Deus nasça numa manjedoura fria, que possamos testemunhar a alegria de acolher em nosso coração Aquele que pode preencher a nossa alma e nos propor um novo caminho em direção à almejada felicidade.
Abraços e votos de feliz Natal repleto de mudanças!
Foto
Dado Moura
Fonte: Canção Nova

Deus nunca despreza um coração necessitado e humilhado

Mensagem de Márcio Mendes no programa "Sorrindo pra Vida" da TV Canção Nova, nesta terça-feira, dia 14 de dezembro de 2010.


Ao ir para a página do Podcast Sorrindo pra Vida , você encontrará, abaixo de cada um deles, uma seta; ao clicar nela você conseguirá baixar o arquivo em MP3.

Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em: Salmo 116,1-19
Márcio Mendes
Foto: Wesley Almeida
A vida de um fiel é preciosa para Deus. Por isso mesmo na morte e nas aflições, louvamos ao Senhor.
Hoje, de maneira especial, rezamos também por Dona Anita, mãe de Luzia Santiago, que faleceu ontem, no dia de 13/12/2010.
Diante da morte temos a oportunidade de refletir como temos vivido e como temos acolhido as chances de fazer o bem às pessoas que nos cercam. Nesta vida só uma coisa prevalece: o amor; diante das mais diversas situações, louvemos a Deus.
Muitas vezes, podemos nos considerar muito simples para fazer uma oração com belas palavras, mas a melhor prece é aquela que sai da simplicidade do coração.
Nesta manhã, bendizemos ao Senhor por meio do Salmo 116, 1-19, cujo título é: “O Senhor escuta a minha prece”. “Amo o Senhor porque escuta o clamor da minha prece [...]”. Isso não quer dizer que amo a Deus só porque Ele escuta a minha prece e faz o que eu desejo.
Sabemos que passamos a amar e a conhecer alguém quando essa pessoa, no momento da nossa aflição, toma a nossa defesa ou é a primeira a nos oferecer ajuda, entre outras coisas. Tais gestos de carinho nos deixam dispostos a nos fazer um com quem primeiro se antecipou em nos ajudar.
É isso que nos ensina esse Salmo. Maior será o nosso agradecimento ao percebermos o amparo de Deus, respondendo à nossa oração em momentos em que já achamos não ter mais condições de suportar tamanha aflição. A nossa oração deixa de ser tão somente repetidos pedidos e louvamos o Senhor por Ele ter respondido a uma necessidade justamente no dia em que precisávamos do Seu amparo.
Deus nunca despreza um coração necessitado, humilhado. E se hoje você está vivendo uma situação que lhe dá impressão de que os laços da morte estão cercando seu coração, clame ao Senhor.
Muitas vezes, nos desculpamos que o Todo-poderoso não nos atende porque somos pecadores; no entanto, o socorro do Senhor nunca se antecipa ou se atrasa. O socorro d'Ele chega no momento exato. Contudo, Ele só pode salvar os “fracos” e humildes, pois aqueles que se acham fortes acreditam não precisar de ajuda.
Um nadador poderá pensar que não necessita de um salva-vidas até o momento em que, talvez exausto por tentar se livrar das ondas, comece a se afogar. Somente assim, percebendo a sua fragilidade e incapacidade de se livrar dos “laços da morte”, ele acolherá o auxílio [do salva-vidas].
Na nossa fraqueza, quando percebemos que por nós mesmos não podemos fazer mais nada, somos capazes de acolher o socorro. Quem se acha forte não reconhece que tem necessidade de Deus na sua vida.
O que devemos pedir ao Senhor justamente no momento de aflição? Na hora da angústia lembremo-nos de invocar o nome do Senhor. Quais são as coisas que o prendem e o angustiam fazendo-o se sentir atormentado? Que lembranças o fazem se sentir acuado? Muitos sentimentos, como a ira, o ciúme e o medo nos matam. Esses sentimentos nos fazem ficar confusos e até considerar que a nossa vida não faz mais sentido algum.
O Senhor quer que o dia de hoje seja diferente para você, mesmo que você considere que sua situação presente é pesada demais para alguém suportar.
Precisamos acreditar que as coisas irão mudar, pois Deus está ao nosso lado. Ele nos criou para a vida!
A nossa oração acontece também ao longo da nossa espera e na confiança de que o Senhor nos ouvirá.
No momento em que nos deixamos ser alcançados por Deus, a paz volta ao nosso coração. Na hora em que nos reconhecemos necessitados, a nossa alma retorna à paz.
Fonte:
Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova

domingo, 5 de dezembro de 2010

A Vitória Sobre Todo Jugo


Dunga explica: Jesus sabe o que hoje você carrega, Ele te alivia e te ensina a caminhar.

Cada um de nós temos uma vitória única, a grande vitória de Deus, a nossa conversão!
Uma pergunta que me fazia, preparando-me para essa pregação: “Senhor, o que falar?” Então o Espírito Santo me recordou uma passagem e meu interior vibrou. Deus então falou: “Recorde o meu povo dessa passagem, que se passa em Cafarnaum”.
O Senhor escolheu aquela cidade por uma razão, Ele sabia que fazendo algo ali, chegaria até nós hoje! Assim como Jesus escolheu Cafarnaum para realizar aquela passagem, Ele também escolheu esse local (Centro de Evangelização na Canção Nova) para manifestar a sua glória. E você se tornará uma boa nova.
“Realiza o milagre em mim Jesus!” Sem você perceber, o milagre já começou a acontecer, muitas vezes nós não percebemos, mas Deus já está agindo.
Leia o evangelho de São Marcos, 2, 1-12.
Como sabemos, Jesus morava na casa de Pedro, em Cafarnaum. Irmãos, é este o lugar. Veja, estamos na casa de Jesus, estamos na casa com Ele. Ele os instruía, e é o que está acontecendo aqui pela pregação, pela proclamação da Palavra, pela homilia. Você sai daqui mais instruído.
Os amigos pegaram o paralítico e tentaram de qualquer jeito levá-lo até Jesus. E aqui, entre vocês sei que isso aconteceu também. Muitos aqui vieram por imposição, por chantagem, tentaram te trazer de qualquer maneira. Ou você trouxe alguém até aqui, ou você foi trazido aqui por alguém.
Eu não posso supor! Eu preciso afirmar que esta palavra está acontecendo aqui agora.
Ao ver aquela cena, Jesus se encheu de compaixão. Ele se levantou e foi ao encontro daquele homem, e Ele está indo ao seu encontro agora, Ele está olhando para os seus olhos. Faça silêncio para escutar o que Ele está dizendo agora: “Desde as dificuldades que você teve para chegar até aqui, os teus pecados estão perdoados!”
É claro que na nossa doutrina, nos dogmas da Igreja você precisa do sacramento, da confissão, mas Jesus está dizendo isso, porque nós chegamos aqui cansados, carregados dos nossos pecados e Ele nos alivia.
Ele olha para você e diz: “Eu estou aliviando a sua carga. Os teus pecados te são perdoados”.
Mas, algumas pessoas ficaram incomodadas com esta frase. (Os fariseus). Algumas pessoas não querem que você se sinta aliviado dos seus pecados. Existem pessoas que querem que você permaneça sobre esse julgo, assim, você oferece menos perigo a elas. Mas Jesus quer te livrar de tudo isso. Ele quer que você se sinta, perdoado!
Repita: “Senhor, eu quero me sentir amado, eu quero me sentir querido, não posso sair deste lugar Senhor sem experimentar este amor! Eu te amo Jesus!”
Ele quer trazer você de volta! E nada e ninguém pode nos separar do amor de Deus! A primeira coisa que Ele quer fazer por você é te aliviar dos teus pecados. Deixa os teus pecados aqui!
Na sua opinião o que é mais difícil, mais complexo dizer, os teus pecados te são perdoados ou pega tua cama levanta e anda?
Jesus criou esta expectativa no coração daquelas pessoas, e cria em nós agora também. Porque o que queremos é a segunda opção, e Ele quer fazer as duas coisas. Cura física e cura interior. Talvez Ele já esteja fazendo e nós não percebemos porque ainda não experimentamos sentir o amor que Ele quer que experimentemos.
A intimidade na oração, que Deus quer que você experimente, é a graça de fechar os olhos e vê-lo na sua frente, a graça de estar sozinho e se sentir a sós com Ele, a graça de chorar quando reza, a graça de sorrir com a palavra de Deus. A graça de enfrentar qualquer barreira para chegar num lugar como este, a graça de estar aqui com a sensação de que o tempo parou.
E é aqui que a glória se manifesta!
E Jesus disse: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados – disse ao paralítico – eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa!”
Eu não sei você, mas eu Dunga, estou sentido uma aprovação de Deus dizendo: “É isso aí filho, usufrua de cada palavra, de cada pregação. Pensa que em cada momento de pecado de cada um aqui, nas suas lágrimas, Eu estava com eles. E muito antes de tudo isso, eu já os esperava aqui.”
Meu irmão, deixa seu vício aqui. A quanto tempo você quer se livrar do seu vício das drogas, da bebida, do adultério? Hoje, você está sendo aliviado de todos os fardos. E como você está se sentindo? Você continua sentindo o problema? O problema existe, mas Jesus quando carregava a cruz, Ele caiu e chamaram um “tal” de Simão de Cirene e colocaram-no embaixo da cruz com Jesus, e o Mestre sentiu o que é alguém chegar e aliviar o peso de uma cruz. Jesus sabe o que hoje você carrega, Ele te alivia e te ensina a caminhar.
E no seu caso hoje, não é mais cruz, é morte e ressurreição. Jesus quer fazer essa caminhada com você.
O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos ficaram admirados e louvavam a Deus dizendo: “Nunca vimos coisa igual!”
Vitória! Hosana Brasil! “Nunca vimos coisa semelhante”.
Transcrição e adaptação: Hellen Costa
Assista: